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câmbio
Ingressos para a Copa-14 serão vendidos em real
Bilhetes serão negociados no exterior após feita a conversão da moeda brasileira
De acordo com ministro do Esporte, acordo com a Fifa prevê que carga tributária das entradas terá de ser inferior a 10% de seu valor
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os ingressos para os jogos da
Copa de 2014 serão vendidos
no exterior em real, anunciou
ontem o ministro do Esporte,
Orlando Silva Jr., após reunião
com o secretário-geral da Fifa,
Jérôme Valcke, e o presidente
da CBF, Ricardo Teixeira.
"Em todo o planeta, quem for
comprar o ingresso vai fazer a
conversão levando em conta o
real para a moeda local, o que
demonstra que a economia
brasileira é cada vez mais confiável, e a moeda, cada vez mais
forte", declarou o ministro.
De acordo com Silva Jr., a decisão foi anunciada pelo secretário-geral da Fifa.
O encontro contou também
com a participação do secretário-executivo do Ministério da
Fazenda, Nelson Machado, que
representou o ministro da pasta, Guido Mantega.
O ministro do Esporte ainda
anunciou que a carga tributária
dos ingressos da segunda Copa
em território brasileiro terá de
ser inferior a 10%. "Esse foi um
acordo que fizemos com a Fifa", contou Silva Jr.
O ministro chegou a afirmar
que esta "é a primeira vez" que
uma moeda nacional será usada na compra de ingressos em
um Mundial de futebol. No entanto, em 1994, na Copa realizada nos Estados Unidos, os ingressos foram vendidos em dólar, a moeda daquele país.
Na África do Sul, sede da Copa do Mundo deste ano, os bilhetes são negociados em dólar.
Durante a reunião com o presidente da CBF e o representante da Fifa, Silva Jr. definiu
também os detalhes do projeto
de lei que concederá isenção total de impostos federais para a
Fifa atuar no Brasil. Apesar de
não ter sido divulgado, o projeto de lei está praticamente definido. A proposta será apresentada no inicio de fevereiro, logo
após a abertura dos trabalhos
do Congresso Nacional.
"Cumprimos um compromisso que o presidente Lula assinou em 2007. A Fifa será
isenta de todos os tributos federais", adiantou o ministro.
De acordo com Silva Jr., empresas prestadoras de serviço e
até produtos comprados no exterior poderão ser isentos de
pagamentos de impostos federais. Tarifas estaduais ainda terão de ser negociadas com os
respectivos governos.
Apesar de nenhuma lista de
produtos ou empresas ter sido
divulgada, o ministro disse que
a indicação será feita diretamente pela entidade que comanda o futebol mundial.
"O que caracteriza a empresa
para ter direito a essas isenções
tributárias é a prestação de serviços ou a venda de produtos
relacionados à Copa das Confederações em 2013", falou ontem Alcino Reis Rocha, secretário nacional do Futebol.
"É a Fifa que vai indicar as
empresas, pois é ela que organiza o evento. Poderão ser empresas estrangeiras ou brasileiras", completou o secretário.
Nem Valcke nem Teixeira
quiseram dar entrevista ontem.
Além do projeto de isenção
de impostos, o governo negocia
a aprovação de uma Lei Geral
da Copa, que prevê uma série
de medidas relacionadas ao
funcionamento do evento.
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