São Paulo, segunda-feira, 06 de fevereiro de 2006

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FUTEBOL

Equipe de Luxemburgo joga mal e é derrotada pela Portuguesa Santista

Santos escorrega diante de vizinha e deixa ABC abalado

DA REPORTAGEM LOCAL

O que foi planejado por Vanderlei Luxemburgo para ser o jogo do embalo, que poderia colocar o Santos na ponta do Paulista, terminou em abalo, frustração. Porque seu time jogou mal. Porque perdeu. E porque a derrota, em São Caetano, foi para a nanica da Baixada, sua vizinha, a Portuguesa Santista. O placar, 2 a 1.
O Santos entrou em campo com dois pontos a menos que os líderes, Corinthians, Palmeiras e Noroeste, e com uma escalação mais ofensiva, com o meia Léo Lima na vaga do volante Wendel.
A estratégia do técnico santista, porém, sofreu um baque logo aos 5min. Numa jogada de ataque, Jonas caiu sozinho, sentindo uma lesão. Foi substituído por Gilmar.
Ação premeditada ou efeito dessa baixa, a Portuguesa Santista começou se arriscando. Pelo lado do Santos, órfão do artilheiro e com o meia Rodrigo Tabata bem marcado, Cléber Santana se destacava. Jogo aberto no ABC.
Aos 12min, Santana, de fora da área, acertou o travessão de Ronaldo. A Santista, porém, continuou arisca e, aos 14min, após um erro de Luiz Alberto, a bola sobrou para Léo Mineiro. Ele livrou-se de Manzur e chutou de pé esquerdo, da entrada da área: 1 a 0.
A partida continuou aberta e, aos 19min, o Santos voltou a acertar a trave, com Tabata, de cabeça, escorando cruzamento pela direita de Léo Lima. Aos 28min, a resposta. Mais uma vez Léo Mineiro escapou da marcação de Manzur e rolou para Júlio César. A bola, no entanto, espirrou na defesa.
Cléber Santana foi o responsável pela última boa chance do Santos no primeiro tempo. Aos 35min, ele recebeu de Fabinho, mas acabou chutando sem força.
Além do placar, o Datafolha confirma o domínio da Portuguesa na primeira etapa. O time dirigido pelo ex-goleiro santista Sérgio conseguiu oito finalizações, três delas certas. O Santos, só quatro, e apenas uma para o gol.
Mais: arma do Santos nos últimos jogos, Kléber não funcionou ontem. O lateral não fez nenhum cruzamento da linha de fundo no primeiro tempo -no segundo, foram quatro, todos errados.
Para tentar a recuperação, Luxemburgo queimou suas últimas alterações no intervalo. Colocou Neto no lugar de Léo Lima, devolvendo Fabinho para o meio, e lançou Reinaldo na vaga de Galvão.
As mudanças mexeram com o Santos, que ganhou ação com as rápidas trocas de passes entre Reinaldo, Santana e Tabata. Aos 4min, o atacante lançou Tabata, que serviu Santana, para cabeceio sobre o gol. Dois minutos depois, Reinaldo mandou para Santana chutar forte, para fora do gol.
A Santista passou a jogar mais na defensiva, mas com pontaria melhor quando avançava. E assim, aos 16min, ampliou. Rodrigo cobrou falta, a bola desviou em Júlio César e atrapalhou Fábio Costa, que rebateu. O mesmo Júlio César, no rebote, fez 2 a 0.
O Santos só descontou aos 24min, numa jogada de bola parada. Tabata cobrou escanteio e Luiz Alberto subiu para fazer seu terceiro gol de cabeça no Paulista.
Aos 36min, Reinaldo, de fora da área, voltou a acertar o travessão adversário. Desfecho perfeito para a imagem que ficou de seu time, ontem, em São Caetano: um quase, uma bola na trave.


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