São Paulo, domingo, 06 de março de 2011

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Algoz culpa pai de Garrido por não parar luta

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"O último gás que tiver na minha vida ponho na mão para acertar o rival."
A frase é de Mário Soares, o Marinho, 42, algoz da luta que levou Fábio Garrido, 31, ao coma.
Nos ringues, Marinho -que se define como uma mistura de Dicky Eklund com Micky Ward, os irmãos pugilistas do filme "O Vencedor"- diz que pega duro. "Se deixarem, destruo o adversário."
Foi o que ocorreu na luta quase fatal de 2004. O combate foi até o nono round. Marinho nocauteou Garrido com um gancho e um cruzado -este, quando o juiz estava com o braço entre os dois rivais.
Após o combate, Garrido foi para o hospital e ficou em coma induzido devido a uma lesão cerebral.
Segundo Marinho, a culpa pelo que aconteceu é de Nilson Garrido, pai e treinador de Fábio.
"No oitavo round, o juiz abriu contagem duas vezes. O cara não aguentava mais, e pedi ao pai dele que parasse a luta, senão iria matá-lo. Mas ele tinha uma desavença com meu treinador e queria ver o filho ganhar de mim", declarou Marinho.
O pugilista disse também que a acusação de que o ringue não tinha tatame sob a lona "é uma mentira". "Meu evento tinha toda a estrutura para um combate de primeiro nível", disse o pugilista.
Uma nova luta contra Fábio Garrido não é descartada por Marinho, que, no entanto, adota cautela.
"Até lutaria, mas tenho que ver como ele está, porque, se não, dessa vez vou matá-lo." (RM)


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