São Paulo, quinta, 6 de maio de 1999

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Remo diz que jogo foi estranho

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
da Reportagem Local

Mais do que o placar da derrota para a Lusa, em fevereiro do ano passado, no Canindé, o que deixou a diretoria do Remo ressabiada foi a apatia demonstrada pelos paraenses naquela partida.
O radialista Hamilton Gualberto, que na ocasião acumulava a vice-presidência administrativa com a vice do futebol, disse que achou "estranha" a atuação do Remo.
Em entrevista à Folha, por telefone, ele disse que a equipe paraense foi tomada por "um marasmo esquisito".
"Que foi um jogo estranho, foi. O nosso time foi acometido por um marasmo total, bem esquisito. Não era uma situação difícil, dava para o Remo se classificar. Não sei o que aconteceu, mas ficou uma sensação estranha. Pelo menos foi o que eu senti", disse ele.
Gualberto lembra que, depois da vitória em casa contra a mesma Lusa, a situação do Remo era igual à do Juventude, que eliminou o Corinthians em São Paulo, há seis dias, pela Copa do Brasil.
"Assim como o Juventude, nós vencemos em casa por 2 a 0. No jogo em São Paulo, era simples. Era só fazer um gol que eles precisariam marcar quatro. Estávamos com a faca e o queijo na mão. Só que, ao contrário do Juventude contra o Corinthians, o mínimo que a gente pode dizer é que o Remo entrou apático no jogo", explicou o ex-dirigente.
Segundo Gualberto, que disse ter sido o chefe da delegação do time paraense na viagem a São Paulo, tanto é verdade que achou o comportamento do Remo estranho, que desceu ao vestiário no intervalo para dar ele próprio a preleção aos jogadores.
Ao final do primeiro tempo, sua equipe, na época dirigida pelo ex-jogador Raimundo Mesquita, perdia por 3 a 0.
Depois da derrota, a direção do Remo teria se reunido, já em Belém, e considerado abaixo da média o comportamento do sistema defensivo no jogo do Canindé.
Procurados pela Folha, os atuais dirigentes do Remo não foram encontrados e não ligaram de volta para o jornal até o fechamento desta edição, apesar de terem sido deixados seis recados na sede do clube paraense.
A diretoria que comandava o clube em 1998 foi substituída por uma Junta Governativa, em janeiro de 1999, encabeçada por Antônio Carlos Teixeira, já que, devido à crise financeira do clube, não houve candidatos à presidência.



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