DA REPORTAGEM LOCAL

O que começou como uma solução desesperada para garantir a estréia de Justin Wilson pela pior equipe da F-1 acabou se revelando um ótimo negócio. Encerrada na semana passada, a venda de ações do piloto na Bolsa de Valores de Londres superou as expectativas.
Em menos de três meses, Wilson conseguiu levantar, na operação, os US$ 2 milhões necessários para correr a temporada inteira pela Minardi. E mais: com o rendimento de aplicações que fará com esse dinheiro, ele já fala em correr na Jaguar no ano que vem.
Desde 7 de março, quando os papéis foram lançados, até a última sexta-feira, foram vendidas todas as 2,4 milhões de ações. Dois terços dos investidores compraram a cota mínima, de US$ 750, outros 20% investiram US$ 1.500, e apenas 90 pessoas aplicaram valores superiores a esses.
"A resposta do público à nossa proposta foi inacreditável", afirmou ontem Wilson, 24, campeão da F-3000 de 2001 e piloto mais alto da categoria, com 1,92 m.
A operação, planejada por seu empresário, Jonathan Palmer, oferecia aos investidores 10% de tudo o que o inglês eventualmente receber na F-1 até 2012. Segundo Palmer, o capital aplicado deve dobrar após três Mundiais.
"Para tudo dar certo, Justin quer correr por um time mais competitivo em 2004. Se a Jaguar quiser, ele corre de graça lá no ano que vem", disse Palmer, dando um golpe na permanência do brasileiro Antonio Pizzonia no time.
Em sete GPs neste ano, Wilson terminou dois, fora dos pontos.


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