São Paulo, domingo, 06 de junho de 2004

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FUTEBOL

Nome aos bois

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Rudi Völler: já está no panteão da Alemanha. Competitivo como seu país, esteve entre um cargo diretivo e o comando no campo. Um triunfo em Wembley o empurrou até a final da Copa do Mundo. É duro.
Plamen Markov: comandava equipe de segunda divisão, mas foi alçado ao posto maior na Bulgária em ação de risco. Trabalhando bem com recrutas e aceitando o diálogo, renovou o grupo.
Otto Baric: deixou a antiga e vulnerável tropa austríaca e assumiu o exército da Croácia com pulso firme. Ganhou a batalha contra a Eslovênia usando sua vasta experiência (é "setentão").
Morten Olsen: com mais de uma centena de atuações pelo seu país, fez uma revolução silenciosa na Dinamarca. Auxiliado por Michael Laudrup, brigou bem na Copa e aposentou Schmeichel.
Iñaki Sáez: após revelar talentos sub-19, sub-20, sub-21 e sub-23, ganhou vez no esquadrão maior da Espanha. Leva na veia o brigador País Basco. Foi torturado nas eliminatórias, mas sobreviveu.
Jacques Santini: tem um forte arsenal e muita responsabilidade. Sabe liderar atiradores de elite (Zidane e Henry). Brilhou em campos de batalha na França nos anos 70. Recuperou vencidos.
Otto Rehhagel: líder da Grécia, tem boa reputação na Alemanha. "Rei Otto" só não vingou no Bayern. Dobrou ingleses em peleja que não valia tanto e bateu espanhóis em duelo que valeu tudo.
Dick Advocaat: segunda chance na Holanda. Ex-assistente do gênio Rinus Michels, sofre com motins (na Copa-94, Gullit abandonou). Substituto do general Van Gaal, deixa a desordem rolar.
Sven-Göran Eriksson: estrangeiro infiltrado na Inglaterra que rodou várias nações e é aceito por épicas vitórias contra Alemanha (5 a 1) e Argentina (1 a 0). Só caiu oficialmente diante do Brasil.
Giovanni Trapattoni: mais vitorioso comandante do calcio, sofreu para avançar. Culpou um juiz pela queda na Copa. Mantém a estratégia na Azzurra: "Sou cauteloso, não corro altos riscos."
Aleksandrs Starkovs: engenheiro, entrou para a história da Letônia ao despachar os turcos na repescagem. Já fora um grande jogador. Como técnico, 11 campanhas vitoriosas em série no país.
Karel Brückner: pegou a República Tcheca, após o fracasso na luta pela Copa, com moral baixo. Mesclando moços (Rosicky e Baros) e veteranos (Nedved, Berger e Poborski), fez vítimas em série.
Georgi Yartsev: só comentarista em 1994, foi ao front salvar a Rússia. Conclamou velhos heróis (Mostovoi e Alenichev) e acreditou na base (Bulykin e Malafeev). Tommy Söderberg e Lars Lagerbäck: foram com a Suécia a três grandes disputas seguidas. Tommy, o "chefe" da dupla, está para se retirar. Na defesa, venceram o "grupo da morte" na Copa.
Jakob Kuhn: primeiro suíço a dirigir a Suíça desde 1989. Sucesso rápido. Não inspirava confiança, ainda mais quando "deu uma gelada" nos veteranos Chapuisat e Sforza. Deu nova vida à equipe.
Felipão: especialista em mata-matas e guerras sul-americanas. Faz o povo jogar junto. Exige vitória a qualquer custo. Em Portugal, ameaça a Europa.

Argentina
O Brasil, atualizando números do pesquisador Duílio Martino e contrariando os da CBF, não está na frente da Argentina. Está uma vitória atrás (39 a 40). Contra a Hungria, o Brasil igualou as coisas.

Cafu e Ronaldo
O lateral ganhou boné com a marca 165 para celebrar seu número de convocações para a seleção. Mas faltam quase 30 jogos para ele alcançar isso em atuações. Já o atacante, é chamado até de "Boinaldinho"!

"Revista 10"
Estreou com muito (e bom) futebol internacional. Legal!

E-mail: rbueno@folhasp.com.br


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