|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BASQUETE
Los Angeles Lakers e Detroit Pistons, que abrem hoje série decisiva, eliminaram as equipes de melhor campanha
NBA, após dez anos, vê final sem um top
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Após vários percalços, Los Angeles Lakers e Detroit Pistons iniciam hoje a decisão da NBA. Os times chegaram à final da liga americana mesmo não tendo feito a
melhor campanha de suas conferências na temporada regular.
Os Lakers viram sua hegemonia
de três anos no topo da NBA ser
encerrada em 2002/2003 pelo San
Antonio. Neste ano, mesmo com
os reforços do armador Gary Payton e do ala Karl Malone, a equipe
da Califórnia fez uma campanha
cheia de altos e baixos durante a
fase de classificação.
O time garantiu o segundo lugar
da Conferência Oeste somente na
última rodada, graças a uma combinação de resultados. Venceu o
Portland, após prorrogação, e foi
beneficiado pela derrota do Sacramento para o Golden State.
Os Pistons foram instáveis. O time de Michigan chegou a enfrentar uma série de seis derrotas consecutivas em fevereiro. Cresceu,
no entanto, na hora certa, vencendo 16 de seus 20 últimos jogos da
primeira fase, e ficou em terceiro
lugar na Conferência Leste.
Independentemente de conquistar ou não a taça de campeão,
o Detroit já comemora uma vitória: a equipe não participa de uma
decisão da liga há 14 anos.
Desde que a NBA adotou o atual
sistema de mata-matas, em 1983/
1984, em apenas uma edição nenhum dos finalistas havia feito a
melhor campanha de sua conferência na fase de classificação.
O fato inédito aconteceu em
1993/1994, quando o Houston, segundo da Conferência Oeste, enfrentou o New York, vice-líder da
Conferência Leste, na decisão. O
time texano conquistou o troféu
ao superar o adversário por 4 a 3.
Em comum, Los Angeles e Detroit possuem o mérito de terem
eliminado os primeiros colocados
de suas respectivas conferências.
Na final da metade oeste, os Lakers bateram o Minnesota -de
Kevin Garnett, MVP (melhor jogador) da temporada- por 4 a 2.
Já o Detroit derrotou o Indiana,
na decisão do lado leste, por 4 a 2.
A equipe de Indianápolis ostentava a melhor campanha da temporada regular (61 vitórias e 21 derrotas). "Chegar até aqui foi grande. Mas agora queremos seguir
adiante", afirmou o ala-armador
Richard Hamilton, 26, cestinha de
sua equipe nos mata-matas (21,5
pontos por partida).
Azarão, o Detroit aposta na
marcação. Sua defesa, a melhor
da NBA, sofre em média apenas
84,3 pontos por confronto.
O time comandado por Phil
Jackson, por sua vez, conta com a
terceira artilharia mais certeira do
torneio, com média de 98,2 pontos anotados por partida. "Se jogarmos o que podemos, nenhuma defesa poderá nos deter. O
que eles fazem não é nada que eu
já não tenha visto", desdenha o
pivô Shaquille O'Neal, 32.
O duelo também marcará o
reencontro do armador Kobe
Bryant, 25, com Hamilton em jogos decisivos. Eles se enfrentaram
quando ainda estavam na "high
school" (equivalente ao ensino
médio no Brasil). Na ocasião, o
Lower Merion, de Bryant, eliminou o Coatesville, de Hamilton.
"Vai ser divertido revê-lo em
uma final", afirmou Bryant.
Outro duelo que terá reedição
será entre os treinadores. Na única vez em que esteve em uma disputa de título da NBA, Larry
Brown, treinador do Detroit, esbarrou nos Lakers de Jackson.
Em 2000/2001, Brown, técnico
dos EUA na Olimpíada de Atenas,
dirigia o Philadelphia, mas não
conseguiu passar pelo time de Los
Angeles, que venceu a série por 4 a
1. "É sempre difícil enfrentar a
equipe do Larry. Ele é um dos técnicos mais estrategistas que conheço", disse Jackson, dono de
nove troféus da NBA.
Com agências internacionais
NA TV - Rede TV! e
International, às 22h
Texto Anterior: Futebol - Rodrigo Bueno: Nome aos bois Próximo Texto: Califórnia pode dar 1º troféu a Karl Malone, 40 Índice
|