São Paulo, domingo, 06 de junho de 2004

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BASQUETE

Los Angeles Lakers e Detroit Pistons, que abrem hoje série decisiva, eliminaram as equipes de melhor campanha

NBA, após dez anos, vê final sem um top

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Após vários percalços, Los Angeles Lakers e Detroit Pistons iniciam hoje a decisão da NBA. Os times chegaram à final da liga americana mesmo não tendo feito a melhor campanha de suas conferências na temporada regular.
Os Lakers viram sua hegemonia de três anos no topo da NBA ser encerrada em 2002/2003 pelo San Antonio. Neste ano, mesmo com os reforços do armador Gary Payton e do ala Karl Malone, a equipe da Califórnia fez uma campanha cheia de altos e baixos durante a fase de classificação.
O time garantiu o segundo lugar da Conferência Oeste somente na última rodada, graças a uma combinação de resultados. Venceu o Portland, após prorrogação, e foi beneficiado pela derrota do Sacramento para o Golden State.
Os Pistons foram instáveis. O time de Michigan chegou a enfrentar uma série de seis derrotas consecutivas em fevereiro. Cresceu, no entanto, na hora certa, vencendo 16 de seus 20 últimos jogos da primeira fase, e ficou em terceiro lugar na Conferência Leste.
Independentemente de conquistar ou não a taça de campeão, o Detroit já comemora uma vitória: a equipe não participa de uma decisão da liga há 14 anos.
Desde que a NBA adotou o atual sistema de mata-matas, em 1983/ 1984, em apenas uma edição nenhum dos finalistas havia feito a melhor campanha de sua conferência na fase de classificação.
O fato inédito aconteceu em 1993/1994, quando o Houston, segundo da Conferência Oeste, enfrentou o New York, vice-líder da Conferência Leste, na decisão. O time texano conquistou o troféu ao superar o adversário por 4 a 3.
Em comum, Los Angeles e Detroit possuem o mérito de terem eliminado os primeiros colocados de suas respectivas conferências.
Na final da metade oeste, os Lakers bateram o Minnesota -de Kevin Garnett, MVP (melhor jogador) da temporada- por 4 a 2.
Já o Detroit derrotou o Indiana, na decisão do lado leste, por 4 a 2. A equipe de Indianápolis ostentava a melhor campanha da temporada regular (61 vitórias e 21 derrotas). "Chegar até aqui foi grande. Mas agora queremos seguir adiante", afirmou o ala-armador Richard Hamilton, 26, cestinha de sua equipe nos mata-matas (21,5 pontos por partida).
Azarão, o Detroit aposta na marcação. Sua defesa, a melhor da NBA, sofre em média apenas 84,3 pontos por confronto.
O time comandado por Phil Jackson, por sua vez, conta com a terceira artilharia mais certeira do torneio, com média de 98,2 pontos anotados por partida. "Se jogarmos o que podemos, nenhuma defesa poderá nos deter. O que eles fazem não é nada que eu já não tenha visto", desdenha o pivô Shaquille O'Neal, 32.
O duelo também marcará o reencontro do armador Kobe Bryant, 25, com Hamilton em jogos decisivos. Eles se enfrentaram quando ainda estavam na "high school" (equivalente ao ensino médio no Brasil). Na ocasião, o Lower Merion, de Bryant, eliminou o Coatesville, de Hamilton.
"Vai ser divertido revê-lo em uma final", afirmou Bryant.
Outro duelo que terá reedição será entre os treinadores. Na única vez em que esteve em uma disputa de título da NBA, Larry Brown, treinador do Detroit, esbarrou nos Lakers de Jackson.
Em 2000/2001, Brown, técnico dos EUA na Olimpíada de Atenas, dirigia o Philadelphia, mas não conseguiu passar pelo time de Los Angeles, que venceu a série por 4 a 1. "É sempre difícil enfrentar a equipe do Larry. Ele é um dos técnicos mais estrategistas que conheço", disse Jackson, dono de nove troféus da NBA.


Com agências internacionais


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