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FUTEBOL
Após 1ª derrota de Pekerman, rival vê queda de 20% no seu aproveitamento em relação ao qualificatório passado
Argentina perde a pose nas eliminatórias
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Argentina ainda lidera as eliminatórias sul-americanas, mas,
após a derrota de anteontem por 2
a 0 para o Equador, a primeira na
era Pekerman, deixou a maior rival do Brasil com aproveitamento
de pontos 20% inferior ao obtido
nesse mesmo estágio do qualificatório para o Mundial passado.
Os argentinos somam 28 pontos
na atual disputa, apenas um a
mais que o Brasil. Após vencerem
o Equador fora de casa por 2 a 0
nas eliminatórias passadas, eles
computavam 35 pontos e já celebravam matematicamente a vaga
para a Copa-2002 -a tabela atual
repete a do último qualificatório.
A Argentina não só não está ainda
assegurada no Mundial de 2006
como pode perder a liderança das
eliminatórias para o Brasil na
quarta-feira em Buenos Aires. No
qualificatório passado, a equipe
treinada por Marcelo Bielsa terminou com 43 pontos, 12 a mais
que o segundo colocado na tabela
e 13 a mais que o time brasileiro.
A campanha impecável dos argentinos nas últimas eliminatórias não teve troca de treinador
-agora, Bielsa deu lugar a José
Pekerman, que já recebe críticas- e colocou o país como um
dos dois grandes favoritos ao título mundial, juntamente com a
França. Toda a eficiência do qualificatório, porém, não adiantou
nada no Mundial, pois a Argentina caiu ainda na primeira fase.
Bielsa começou as atuais eliminatórias mais preocupado em levar a melhor sobre o Brasil (""troco a primeira posição nas eliminatórias por duas vitórias contra
o Brasil"). Acabou perdendo em
Belo Horizonte por 3 a 1 e deixou
o seu posto -a Argentina não
conseguiu superar uma equipe B
do Brasil na Copa América.
Pekerman assumiu com uma
convincente vitória sobre o Uruguai, mas, depois, a equipe não
rendeu tão bem, empatando com
o Chile e vencendo a Venezuela de
forma apertada. Nos últimos jogos fora, o treinador optou por
uma seleção alternativa. Essa até
venceu a Bolívia em La Paz, mas
virou uma presa fácil em Quito.
A pouco mais de um ano da Copa, Pekerman não tem um time
ideal. Ele tem trocado inúmeros
atletas e mesmo sua tática não está definida, algo bem diferente do
que aconteceu com Bielsa nas eliminatórias passadas, quando sua
equipe esbanjava entrosamento.
Anteontem, a Argentina perdeu
após um ano e dois dias de invencibilidade -a última derrota fora
diante do Brasil. Pekerman não tinha sido batido em oito jogos entre eliminatórias e amistosos. E
contra o Brasil até Julio Grondona, presidente da federação argentina, está pessimista. ""O Brasil
sempre foi superior à Argentina",
disse ele após o revés fora de casa.
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