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JUCA KFOURI
Lugar para Juninho
Ele é craque, tem
visão de jogo, bate
falta melhor do que Rogério e faz gols
QUE JUNINHO tem
lugar na seleção
brasileira é óbvio.
Ele é craque, e craque
sempre tem lugar.
Sim, craque, fora de série, como Tostão e Rivellino também eram em 1970
e cada um teve sua vaga,
embora não se duvidasse
do talento de Roberto Miranda ou de Paulo César
Caju ou Edu, centroavante e pontas-esquerdas de
ofício. PC, por sinal, era
também mais que um especialista, outro fora de
série, mas que não cabia,
porque 36 anos atrás já
não dava para jogar com
um sexteto mágico (Gérson, Jairzinho, Tostão, Pelé, Rivellino e ele). Mas o
quinteto coube.
Não será fácil sacrificar
Zé Roberto, jogador que
sempre dá conta do recado, que se desdobra. Do
mesmo modo que todos
nem falam mais em quinteto mágico, apesar da
mobilidade que o ataque
adquire quando Robinho
entra, seja no lugar de
quem for, também não
quero insistir com a minha tese ousada de deslocar Zé Roberto para a lateral esquerda e, assim, abrir
vaga para Juninho. Até
porque Roberto Carlos começa a cumprir o que prometeu, que voará na Copa.
Mas como não escalar o
comandante do Lyon, o
responsável pelo primeiro
título francês da equipe,
assim como pelo penta
inédito na terra de Platini,
Zidane e Henry?
Além de ter uma visão
de jogo como poucos, ele
ainda faz gols com incrível
naturalidade e bate faltas
melhor do que Rogério
Ceni e Ronaldinho.
Juninho não pode ser
reserva de Kaká, porque
será uma covardia.
E por diversos motivos.
Primeiro, porque Kaká está demais, saúde de ferro,
futebol de ouro. Segundo,
porque Juninho não nasceu para ficar sentado em
banco, nem que seja um
cravejado de diamantes,
brutos ou lapidados.
E, se Parreira é mesmo,
como se define, um comandante de talentos, que
trate de se virar para achar
a solução, pago que é para
isso. Mas que ache um lugar para o pernambucano,
sob o risco de cometer um
crime contra o futebol, como já se fez com Paulo Roberto Falcão em 1978.
Juninho e nós merecemos.
@ - blogdojuca@uol.com.br
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