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Econômica mais uma vez, França celebra paciência
Equipe cria menos da metade de chances de Portugal, mas, com vitória magra, disputará pela 2ª vez uma final de Copa
Novo triunfo por 1 a 0 reflete estilo elogiado por Domenech e relevado por Henry, que diz que o que importa é estar na decisão
DOS ENVIADOS A MUNIQUE
Mais uma vitória magra,
marca do time na Copa até agora. E a França parece já gostar
disso. "A maior qualidade do time da França é suportar o sofrimento. Agüentar a pressão e,
quando der, tentar jogar. É um
time muito solidário", disse
Raymond Domenech, o técnico
do time, resumindo com precisão o que aconteceu ontem.
Os números mostram que a
França fez mesmo só o suficiente para vencer. Foram, segundo o Datafolha, apenas seis
chances criadas, contra 13 de
Portugal, que desperdiçou algumas chances claras, como
num rebote depois de defesa
bisonha de Barthez. Livre, Figo,
desta vez mantido por Luiz Felipe Scolari durante os 90 minutos, cabeceou para fora.
Portugal teve seis longos minutos a mais de posse de bola.
Trocou quase 70 passes a mais.
Cruzou 40 bolas para a área rival -os franceses fizeram isso
apenas em 14 oportunidades.
"Não adianta jogar bem e ser
eliminado", lamentou o meia
naturalizado Deco, comparando o desempenho da sua equipe
e do Brasil, país onde nasceu,
diante dos franceses.
Nos seis jogos que já fez na
Alemanha, a França nunca ganhou por goleada. Foram duas
vitórias por dois gols de diferença, contra Togo e Espanha,
duas pela vantagem mínima
(Portugal e Brasil) e dois empates (Suíça e Coréia do Sul).
A vitória magra não foi motivo para evitar a forte celebração dos franceses. "Agora estamos na final. E isso é o que importa, além do fato de formarmos uma grande equipe", disse
o atacante Henry, que sofreu o
pênalti convertido depois por
Zidane, no primeiro tempo.
"Estou com 34 anos e me sinto como um garoto de dez. É
ótimo dar essa alegria aos franceses. É um sonho real", declarou o zagueiro Thuram, que
anunciou durante a semana
que vai se aposentar.
A França entrou ontem em
campo com seis jogadores pendurados. O único que recebeu
novo amarelo e está fora da decisão foi justamente o único reserva na lista dos ameaçados
-o atacante Saha. Nenhum jogador terminou a partida com
problema grave de lesão.
Assim, Domenech deve mandar a campo contra a Itália a
mesma formação que eliminou
brasileiros e lusos.
Os franceses não querem saber de muita agitação antes da
decisão de domingo. Logo após
o jogo de ontem, o time tinha
previsão de voltar para sua sede
durante toda a Copa, nos arredores de Hannover. O time só
vai para Berlim no sábado,
quando fará o treino de reconhecimento do gramado.
(PAULO COBOS E RODRIGO BUENO)
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