DA REPORTAGEM LOCAL

Pátria das corridas de rua, os quenianos subestimam os alardeados problemas ambientais da China. Para os responsáveis pela preparação olímpica do Quênia, a poluição do ar não irá afetar mais os atletas do país.
"O ar de Pequim é ruim para todos, não só para os quenianos. Mas não sou capaz de dizer até que ponto a poluição pode prejudicar [o desempenho na maratona]", disse à Folha Julius Kirwa, técnico-chefe da equipe de atletismo do país.
Kirwa não acredita que a expectativa de uma maratona lenta possa prejudicar os atletas de seu país. Os três representantes -Martin Lel, Robert Cheruiyot e Samy Wanjiru- ostentam suas melhores marcas abaixo das 2h08min.
Lel, atual campeão das maratonas de Londres e Nova York, já correu em 2h05min15s. É o quinto tempo da história e a melhor marca entre os atletas que irão a Pequim. "Nosso grupo treina para ganhar o ouro. Não há preocupação especial sobre isso [maratona lenta]."
Dono de dois ouros nos Jogos e presidente do Comitê Olímpico Queniano, Kipchoge Keino também mostra otimismo. "Fui a Pequim várias vezes e nunca senti nada. Acredito que as condições serão boas e estou certo de que o governo chinês se esforçará para fazer da Olimpíada um sucesso, incluindo melhorar a qualidade do ar."0 (ALF E LF)


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