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São Paulo, quarta-feira, 06 de agosto de 2003

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Time masculino supera previsão da confederação e fica com seis insígnias

Meninos asseguram show de medalhas na ginástica

DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

Os meninos do Brasil garantiram a esperada chuva de medalhas da ginástica. No total foram dez pódios no esporte que mais se preparou para o Pan-Americano de Santo Domingo: seis no masculino e quatro no feminino.
Antes do início do Pan, Vicélia Florenzano, a presidente da confederação brasileira, dizia que os ginastas conquistariam 12 medalhas para o país -e que somente quatro seriam no masculino.
Mais otimista, Eliane Martins, a chefe da delegação, falava em 16 medalhas, cinco entre os homens.
A consagração dos ginastas chega no ano em que a CBG depositou suas fichas para formar seleções. Mas a menina dos olhos sempre foi a equipe feminina.
Depois de sofrer para arrumar uma sede -foi instalado em Curitiba, ao lado da equipe feminina, após tentativa de se firmar em Brasília- e ver frustrada sua participação na Copa do Mundo na Grécia por causa da Guerra do Iraque, o time masculino ganhou só ontem cinco medalhas.
Mosiah Rodrigues, 21, um dos destaques entre os rapazes, disse sentir "o sabor de tarefa cumprida". "Fizemos exatamente o que planejávamos e fomos até além da expectativa", disse o ginasta gaúcho, que obteve bronze no cavalo com alça e na barra fixa.
"Sei que 80% [das conquistas] devem-se à união do grupo [no sábado, havia obtido a prata por equipes]. Moramos juntos, somos amigos. Um ajuda o outro, mesmo quando a prova é individual."
Pela primeira vez, com Michel Conceição, 21, prata no solo e bronze no salto, o Brasil faturou medalha em prova individual masculina. "A pressão era maior no Diego [Hypólito, melhor brasileiro no último Mundial]. Competi tranquilo e cheguei lá."
O país também festejou, no salto, seu primeiro pódio duplo em Santo Domingo -façanha inédita da ginástica nacional em Pans-, com a prata de Diego Hypólito, 17, e o bronze de Michel. "Tomei até antiinflamatório antes da prova. Ainda sinto dor [no pé], mas o que vale é a festa", disse Diego, irmão de Daniele Hypólito, a estrela do esporte.
O sucesso dos meninos em Santo Domingo compensou a um tanto decepcionante campanha feminina, bronze por equipes.
A exceção foi Daniele, 18, que assegurou ontem mais duas pratas, nas paralelas assimétricas e na trave. Com quatro medalhas (ela também foi bronze no individual geral), saiu do Pan como a mais premiada da delegação.
Mas não assegurou o ouro no solo, em que era favorita -alegou dores e decidiu se poupar para o Mundial. "Fica para o Rio", disse, em referência aos Jogos de 2007. (EDUARDO OHATA, GUILHERME ROSEGUINI E JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)


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