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Time masculino supera previsão da confederação e fica com seis
insígnias
Meninos asseguram show de medalhas na ginástica
DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO
Os meninos do Brasil garantiram a esperada chuva de medalhas da ginástica. No total foram
dez pódios no esporte que mais se
preparou para o Pan-Americano
de Santo Domingo: seis no masculino e quatro no feminino.
Antes do início do Pan, Vicélia
Florenzano, a presidente da confederação brasileira, dizia que os
ginastas conquistariam 12 medalhas para o país -e que somente
quatro seriam no masculino.
Mais otimista, Eliane Martins, a
chefe da delegação, falava em 16
medalhas, cinco entre os homens.
A consagração dos ginastas chega no ano em que a CBG depositou suas fichas para formar seleções. Mas a menina dos olhos
sempre foi a equipe feminina.
Depois de sofrer para arrumar
uma sede -foi instalado em Curitiba, ao lado da equipe feminina,
após tentativa de se firmar em
Brasília- e ver frustrada sua participação na Copa do Mundo na
Grécia por causa da Guerra do
Iraque, o time masculino ganhou
só ontem cinco medalhas.
Mosiah Rodrigues, 21, um dos
destaques entre os rapazes, disse
sentir "o sabor de tarefa cumprida". "Fizemos exatamente o que
planejávamos e fomos até além da
expectativa", disse o ginasta gaúcho, que obteve bronze no cavalo
com alça e na barra fixa.
"Sei que 80% [das conquistas]
devem-se à união do grupo [no
sábado, havia obtido a prata por
equipes]. Moramos juntos, somos
amigos. Um ajuda o outro, mesmo quando a prova é individual."
Pela primeira vez, com Michel
Conceição, 21, prata no solo e
bronze no salto, o Brasil faturou
medalha em prova individual
masculina. "A pressão era maior
no Diego [Hypólito, melhor brasileiro no último Mundial]. Competi tranquilo e cheguei lá."
O país também festejou, no salto, seu primeiro pódio duplo em
Santo Domingo -façanha inédita da ginástica nacional em
Pans-, com a prata de Diego
Hypólito, 17, e o bronze de Michel. "Tomei até antiinflamatório
antes da prova. Ainda sinto dor
[no pé], mas o que vale é a festa",
disse Diego, irmão de Daniele
Hypólito, a estrela do esporte.
O sucesso dos meninos em Santo Domingo compensou a um
tanto decepcionante campanha
feminina, bronze por equipes.
A exceção foi Daniele, 18, que
assegurou ontem mais duas pratas, nas paralelas assimétricas e na
trave. Com quatro medalhas (ela
também foi bronze no individual
geral), saiu do Pan como a mais
premiada da delegação.
Mas não assegurou o ouro no
solo, em que era favorita -alegou
dores e decidiu se poupar para o
Mundial. "Fica para o Rio", disse,
em referência aos Jogos de
2007.
(EDUARDO OHATA, GUILHERME ROSEGUINI E JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)
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