São Paulo, quarta-feira, 06 de agosto de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Especialista nos 1.500 m, Hudson de Souza vence os 5.000 m, que decidiu correr após telefonar para o técnico Por acaso, atletismo conquista o 1º ouro Daniel Garcia/France Presse O meio-fundista Hudson de Souza supera o mexicano José Galván para vencer os 5.000 m e obter o primeiro ouro do Brasil no Pan-Americano de Santo Domingo DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO O primeiro ouro do Brasil no Pan-Americano veio por acaso. Hudson de Souza, 26, especialista nos 1.500 m, decidiu correr os 5.000 m pouco antes do torneio. "Foi na Itália. Depois de disputar uma prova, liguei para o meu técnico [Luiz Alberto Oliveira], falei que estava confiante e que deveria tentar. Ele concordou e no final deu certo", afirmou. O ouro de Hudson foi o primeiro do Brasil na história da prova. Ele conseguiu o tempo de 13min50s71. O bronze ficou com outro brasileiro, Marilson dos Santos (13min56s90). A prata foi para o México -José Galván (13min52s91). Desde 1979, só mexicano ganhava a prova no Pan. "Para mim, foi um privilégio. Estava confiante a prova toda, achei o ritmo muito fraco. Como estou acostumado com provas mais rápidas, ficou fácil ganhar." Sobre o tempo de ontem, disse que não foi grande coisa. "Com esse tempo [ficou 20s além da marca do torneio] não vou a lugar nenhum. Tenho que melhorar para chegar bem a Atenas." Luiz Alberto, seu treinador, acha que Hudson pode ter um bom futuro nos 5.000 m. "Sempre achei que ele deveria tentar." No próximo sábado, Hudson volta a competir, só que agora em sua especialidade -os 1.500 m. Depois da prova, a Confederação Brasileira de Atletismo afirmou que a modalidade chegava à marca de cem medalhas em Pans. Para o COB, no entanto, são 99. Se Hudson se deu bem, Elisângela Adriano, principal esperança de medalha ontem no atletismo brasileiro, saiu-se mal. Ficou em quinto no arremesso de peso. Em Winnipeg-99, ela fora ouro. Apesar de ter sido pega em exame antidoping num torneio antes daquele Pan, não perdeu a medalha. Hoje, Eronilde Araújo corre pelo tetra na final dos 400 m com barreiras. Os brasileiros também estarão nas finais dos 400 m com barreiras feminino, 100 m masculino e 800 m masculino e feminino. (EDUARDO OHATA, GUILHERME ROSEGUINI E JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO) Texto Anterior: País vai ao pódio só com garotos e veteranos Próximo Texto: Outdoor: Publicidade dominicana vira negócio de brasileiro Índice

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.