São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2010

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São Paulo, de novo, começa do zero

Na véspera de sua estreia, Carpegiani faz treinamento "chato" e diz que precisa formar o time

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

A 11 jogos do fim do ano, o São Paulo, pela terceira vez nesta temporada, tenta se encontrar e se reinventar.
Depois de Ricardo Gomes e Sérgio Baresi, chegou a vez de Paulo César Carpegiani. Ontem, em seu segundo treino pelo clube, o técnico realizou um trabalho bem típico de início de temporada.
O primeiro passo, segundo ele, é fazer uma boa estreia hoje contra o Vitória, em Barueri. Mas o objetivo, e isso é visível, será a longo prazo. Carpegiani parava o treino a cada minuto para posicionar e conversar com os atletas.
"É um treino chato mesmo, a boleirada não gosta. Mas é importante, eu levo a bola, explico, e eles têm que assimilar. Estamos correndo contra o tempo", disse. Durante o treino, ouviu com atenção os jogadores mais experientes, como Rogério.
Ou seja, em pleno outubro, Carpegiani se viu obrigado a começar do zero. "Temos um time a ser formado", afirmou o treinador gaúcho.
Ele admite: será difícil sentir grandes mudanças na partida de hoje. Mas diz que tem esperanças de um bom jogo.
"Daria tudo para ter uma semana. É pouco tempo de treino. Mas eu estou gostando muito, tenho uma grande esperança para amanhã [hoje], esperança de que a equipe vai exibir bom futebol."
Em sua chegada, anteontem, ele disse que não prometeria à torcida uma vaga na tão sonhada Libertadores.
Ontem, mostrou mais confiança. "Não gosto de tirar a ilusão do torcedor. O que nós prometemos é muito trabalho, vitórias. Não podemos pensar em vaga na Libertadores se não tivermos vitórias. Mas não descartamos nada", disse Carpegiani.
Com 35 pontos, o São Paulo é apenas o 11º colocado, 13 pontos atrás do G3. "Não estou mudando meu discurso. Mesmo assim temos a obrigação, pela grandeza do São Paulo, de ganhar o jogo", disse o treinador, que conversou durante 15 minutos com os titulares antes do treino.
"O que ele pediu bastante a todos nós foi uma pegada forte, a marcação, começando na frente", revelou o volante Rodrigo Souto, que vinha atuando de zagueiro, mas que hoje voltará para a sua posição de origem.
Apesar do pouquíssimo tempo que 2010 ainda lhe reserva, Carpegiani disse que não fará desta reta final um vestibular de atletas para a próxima temporada.
"Eu gostei do time. Acho que os jogadores têm características versáteis. Estou satisfeito. Com estes jogadores, podemos formar um bom time de futebol", disse.
No fim do treino, os jogadores puderam fazer o tradicional rachão. E, finalmente, jogar bola sem as interrupções do professor.


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