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São Paulo, de novo, começa do zero
Na véspera de sua estreia, Carpegiani faz treinamento "chato" e diz que precisa formar o time
LUCAS REIS
DE SÃO PAULO
A 11 jogos do fim do ano, o
São Paulo, pela terceira vez
nesta temporada, tenta se
encontrar e se reinventar.
Depois de Ricardo Gomes
e Sérgio Baresi, chegou a vez
de Paulo César Carpegiani.
Ontem, em seu segundo treino pelo clube, o técnico realizou um trabalho bem típico
de início de temporada.
O primeiro passo, segundo
ele, é fazer uma boa estreia
hoje contra o Vitória, em Barueri. Mas o objetivo, e isso é
visível, será a longo prazo.
Carpegiani parava o treino a
cada minuto para posicionar
e conversar com os atletas.
"É um treino chato mesmo, a boleirada não gosta.
Mas é importante, eu levo a
bola, explico, e eles têm que
assimilar. Estamos correndo
contra o tempo", disse. Durante o treino, ouviu com
atenção os jogadores mais
experientes, como Rogério.
Ou seja, em pleno outubro, Carpegiani se viu obrigado a começar do zero. "Temos um time a ser formado",
afirmou o treinador gaúcho.
Ele admite: será difícil sentir grandes mudanças na partida de hoje. Mas diz que tem
esperanças de um bom jogo.
"Daria tudo para ter uma
semana. É pouco tempo de
treino. Mas eu estou gostando muito, tenho uma grande
esperança para amanhã [hoje], esperança de que a equipe vai exibir bom futebol."
Em sua chegada, anteontem, ele disse que não prometeria à torcida uma vaga
na tão sonhada Libertadores.
Ontem, mostrou mais confiança. "Não gosto de tirar a
ilusão do torcedor. O que nós
prometemos é muito trabalho, vitórias. Não podemos
pensar em vaga na Libertadores se não tivermos vitórias. Mas não descartamos
nada", disse Carpegiani.
Com 35 pontos, o São Paulo é apenas o 11º colocado, 13
pontos atrás do G3. "Não estou mudando meu discurso.
Mesmo assim temos a obrigação, pela grandeza do São
Paulo, de ganhar o jogo", disse o treinador, que conversou
durante 15 minutos com os titulares antes do treino.
"O que ele pediu bastante
a todos nós foi uma pegada
forte, a marcação, começando na frente", revelou o volante Rodrigo Souto, que vinha atuando de zagueiro,
mas que hoje voltará para a
sua posição de origem.
Apesar do pouquíssimo
tempo que 2010 ainda lhe reserva, Carpegiani disse que
não fará desta reta final um
vestibular de atletas para a
próxima temporada.
"Eu gostei do time. Acho
que os jogadores têm características versáteis. Estou satisfeito. Com estes jogadores,
podemos formar um bom time de futebol", disse.
No fim do treino, os jogadores puderam fazer o tradicional rachão. E, finalmente,
jogar bola sem as interrupções do professor.
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