São Paulo, sábado, 06 de novembro de 2010

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LOS GRINGOS F-1

ANNO HECKER

O que existe por trás do sorriso fácil de Vettel?

O QUE Schumacher e Vettel têm em comum? Muito pouco, à primeira vista.
O recordista de títulos da F-1 não é capaz de competir com seu potencial sucessor em termos de charme. Vettel oculta tudo em sorrisos: raiva, frustração, insatisfação. Após perder a vitória na Coreia , ele seria capaz de ostentar um sorriso? Sim, Vettel é capaz disso, mas não se trata de talento, e sim de reflexo. Vettel sorri quando se sente embaraçado, o que lhe dá um ar de inocência.
Será que isso faz de Schumacher o veterano durão e de Vettel o garoto da casa ao lado por quem todos se encantam? É uma imagem enganadora. Schumacher é mais vulnerável do que parece, e Vettel, mais intransigente do que mostra.
Ele estudou seu mentor e tenta seguir seu caminho. Vettel já não é aquele garoto de Hepperheim que um dia foi. Mas uma coisa ele não teve de aprender: o sorriso.
Quem assistir ao GP Brasil certamente o verá, mas a semelhança genética entre eles é exibida raramente. Torna-se evidente quando Vettel, apesar do esforço, sente o peso da derrota. É nesses momentos que surge uma expressão sombria. Como ocorreu em 2009 em São Paulo.


ANNO HECKER, 46, cobre a F-1 para o "Frankfurter Allgemeine Zeitung" desde 1991

Tradução de PAULO MIGLIACCI


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