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entrevista
Treinador do Brasil é um mix de famosos
DA REPORTAGEM LOCAL
O pouco conhecido Nélson
Rodrigues, 41, pode fazer o
que Ricardo Gomes, hoje
técnico do Bordeaux, não
conseguiu: levar o Brasil aos
Jogos. Mesmo sem saber ao
certo se o Sul-Americano
sub-20 classifica para Pequim-2008 (classifica sim),
ele comanda o time.0
(RBU)
FOLHA - Qual é seu estilo?
NÉLSON RODRIGUES - Tenho
um estilo mesclado. Peguei a
parte tática do Parreira e do
Luxemburgo, a motivação do
Felipão e a coragem do Dunga. Temos que pegar só as
coisas boas de cada um.
FOLHA - E qual é seu esquema?
NÉLSON - Vou no tradicional
4-4-2 do Brasil, com dois volantes, dois meias e dois atacantes. Os atletas estão mais
acostumados, apesar de o 3-5-2 ser mais usado agora.
FOLHA - Aumentou muito sua
responsabilidade depois que a
Conmebol fez do Sul-Americano
sub-20 também Pré-Olímpico?
NÉLSON - Dirigindo o Brasil,
a gente sempre entra com a
obrigação de ser campeão. É
o que se cobra, vice não vale
nada. Sobre o Sul-Americano
sub-20 valer vaga na Olimpíada, a Conmebol colocou
isso no site dela. Deixo o Rodrigo Paiva [assessor de imprensa] da CBF falar sobre
isso. Não vamos entrar para
ficar entre os quatro ou entre
os dois. É para ser campeão.
FOLHA - Como avalia seu time?
NÉLSON - Conheço praticamente todos os atletas, pois
era treinador da seleção sub-17. Fomos vice-campeões
mundiais nessa categoria. O
grupo tem muita qualidade.
Só não tinha trabalhado com
o Edgar, do São Paulo, o Fagner, o Eliezio e o Cássio.
FOLHA - Alexandre Pato é tão
bom como as pessoas falam?
NÉLSON - Conheço ele há
dois anos, e sua qualidade
não me surpreende. Ele é
muito bom, como o grupo.
FOLHA - Como fazer para não
deixar a badalação subir à cabeça, como no Pré-Olímpico-2004?
NÉLSON - O grupo é muito pé
no chão. Ninguém pensa que
é craque. Eles não se consideram assim, embora alguns
já sejam usados no time principal. Somos seleção de base.
FOLHA - E os maiores rivais?
NÉLSON - Não tem adversário fácil, mas o Paraguai faz
tempo que trabalha bem a
base e está em casa. O Chile é
outro forte time da nossa
chave. Na outra, historicamente, Argentina, Colômbia
e Uruguai são os favoritos.
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