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FUTEBOL
Time bate Fortaleza no ABC e obtém 100% de aproveitamento nas 7 vezes em que ficou de "castigo" por causa do STJD
Sem torcida, Santos se mantém na ponta
DA REPORTAGEM LOCAL
Para quê jogar na Vila Belmiro?
O Santos provou ontem, pela sétima vez que recebeu uma punição
para jogar fora de casa no Brasileiro, que o fator casa e até os torcedores são dispensáveis. Bateu o
Fortaleza por 2 a 0, no Bruno José
Daniel, no ABC, com portões fechados para o público, e de quebra manteve a ponta do Nacional.
O time do técnico Vanderlei Luxemburgo chegou aos dez pontos
-mesma pontuação do Fluminense, que bateu o Paraná (2 a 1),
mas tem pior saldo que o Santos.
Pelo retrospecto, o time santista
obteve 100% de aproveitamento
em todas as vezes em que foi obrigado a ficar de "castigo" devido a
uma punição do STJD (Superior
Tribunal de Justiça Desportiva).
"A torcida faz falta, mas, se ela
não se comporta, é melhor que
não venha", falou Luxemburgo,
aprovando a medida.
Dessa vez, o Santos teve de atuar
como mandante e inquilino no
ABC por conta de duas punições
aplicadas pelo tribunal ao clube
no Brasileiro de 2005. A punição
havia sido imposta em razão dos
incidentes ocorridos na Vila Belmiro após a vitória por 2 a 1 sobre
o Botafogo, pela penúltima rodada daquela competição.
Na ocasião, os torcedores santistas atiraram ovos contra os jogadores em protesto pela má
campanha da equipe naquela
temporada.
O Santos inquilino começou em
2004, quando ainda não havia a
exigência de estádios vazios, só a
designação de uma sede a 150 km
da "cena do crime. Naquele ano
foram quatro punições: 1) Santos
5x0 Fluminense (Benedito Teixeira, em São José do Rio Preto); 2)
Santos 2x1 Goiás (Eduardo José
Farah, em Presidente Prudente);
3) Santos 5x1 Grêmio (Benedito
Teixeira); 4) Santos 2x1 Vasco
(Benedito Teixeira).
Em 2005, já longe de casa e sem
torcida, houve um jogo: 5) Santos
4x1 Paysandu (Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul).
E neste ano, também com portões fechados e fora da Vila, mais
duas aplicações de pena: 6) Santos
2x0 Atlético-PR (Mogi Mirim).
E a sétima foi a vitória de ontem,
em Santo André, e chegou num
momento importante para o Santos e Luxemburgo. Três dias antes, o time havia sido eliminado
pelo Ipatinga da Copa do Brasil,
em cobranças de pênaltis.
Já o Fortaleza continua com seis
pontos. Além disso, nunca venceu
o Santos no Campeonato Brasileiro. Foram seis derrotas e cinco
empates contra o time da Vila.
Ontem, o técnico santista escalou o time com cinco desfalques,
sendo quatro por contusão: o zagueiro Luiz Alberto, o volante Fabinho e os atacantes Reinaldo
-artilheiro do time no Brasileiro,
com dois gols, e na temporada,
com oito- e o mexicano De Nigris. Já o volante Cléber Santana
cumpriu suspensão por expulsão.
Levou oito minutos para o Santos chegar com perigo à meta do
goleiro Maizena, do Fortaleza. O
meia santista Rodrigo Tabata arriscou de longe, mas a bola, caprichosa, não entrou.
Segundo o Datafolha, os santistas chutaram oito bolas na primeira etapa, contra cinco do Fortaleza. E foi pressionando que o time do litoral abriu o placar aos
39min. O meia Rodrigo Tabata
avançou pela esquerda cruzou
para a área, e o zagueiro Gláuber,
do Fortaleza, na tentativa de cortar o cruzamento, marcou contra
-o juiz deu o gol para o santista.
O segundo gol seguiu a mesma
toada. Bola dentro da área rival.
Mas, dessa vez, o tento teve a marca santista. Aos 46min, o lateral-direito Neto cruzou da direita para o atacante estreante Rodrigo
Tiuí ampliar de cabeça.
"Estou muito feliz, mas não acabou ainda", falou Tiuí no intervalo. Antes, o Fortaleza só havia assustado numa falta cobrada pelo
meio-campista Bechara, que fez o
goleiro Fábio Costa se esticar todo
para tirar a bola da meta.
No segundo tempo, o Fortaleza
tentou insistir, mas sem muito perigo. O Santos passou a administrar o resultado até o apito final do
juiz. O time volta a jogar pelo Nacional no próximo sábado, quando receberá a Ponte Preta, já na
Vila Belmiro. O Fortaleza jogará
no dia seguinte ante o Flamengo.
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