São Paulo, domingo, 07 de maio de 2006

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FUTEBOL

Flamengo e Fluminense ascendem com irmãos

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma série de trabalhos ruins colocaram os dois irmãos de fala empolada para escanteio. Mas, em 2006, eles assumiram dois grandes clubes cariocas com a temporada já em andamento e não decepcionaram.
Oswaldo de Oliveira, 55, e Waldemar Lemos, 52, comandam as reações de, respectivamente, Fluminense e Flamengo.
Entre os times da primeira divisão nacional que trocaram de comando no ano, os dois foram os que mais lucraram com isso.
Waldemar, que deu os primeiros passos na carreira auxiliando Oswaldo, assumiu um Flamengo que tinha até então 37% de aproveitamento. Com ele, o clube da Gávea, que hoje faz clássico com o Botafogo pelo Brasileiro no Maracanã, passou a ganhar 54% dos pontos que disputou.
Mais impressionante é o desempenho de Oswaldo, que, depois de passagens desastrosas por Corinthians e Vitória, foi trabalhar no Oriente Médio antes de aceitar o convite para voltar a Laranjeiras.
Antes do jogo contra o Paraná, que seria disputado ontem, depois do fechamento desta edição, ele estava invicto com o time. Foram cinco vitórias e dois empates, aproveitamento de 81%, bem acima dos 60% que o Flu tinha em 2006 antes dele.

Duelo de irmãos
O confronto entre os irmãos pode ter palco nobre. Flamengo e Fluminense estão nas semifinais da Copa do Brasil. Se passarem por, respectivamente, Ipatinga e Vasco, irão fazer a decisão, marcada para só depois da final da Copa do Mundo da Alemanha.
Outros grandes do país que trocaram de treinador não tiveram o mesmo lucro. O Palmeiras se livrou de Emerson Leão, mas Marcelo Vilar não venceu nenhum dos três jogos que fez até agora. A troca de Antônio Lopes por Ademar Braga praticamente não alterou o aproveitamento do Corinthians na temporada.
Com os bons resultados, Oswaldo e Waldemar já demonstram bastante confiança. "Vejo muito equilíbrio no Brasileiro. Temos um elenco com bons valores e não estamos distantes dos favoritos ao título", disse o primeiro.
Waldemar, que foi apontado pelo irmão mais velho como um especialista em defesa, ficou entusiasmado com o desempenho desse setor do Flamengo no empate sem gols contra o Atlético-MG que garantiu vaga para seu time nas semifinais da Copa do Brasil. "Isso é uma proposta de jogo. Soubemos controlar o empate, e o elenco está de parabéns."
Além de Flamengo e Fluminense, os outros grandes do Rio ensaiam uma reação com velhos conhecidos na prancheta.
No Vasco, outro semifinalista da Copa do Brasil, Renato Gaúcho continua prestigiado. Apesar de sulista, ele está há mais de uma década radicado no futebol carioca. O Botafogo, campeão estadual de 2006, é comandado por Carlos Roberto, que foi jogador de sucesso do próprio clube na década de 60. (PAULO COBOS)


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