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FUTEBOL
Flamengo e Fluminense ascendem com irmãos
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma série de trabalhos ruins
colocaram os dois irmãos de fala
empolada para escanteio. Mas,
em 2006, eles assumiram dois
grandes clubes cariocas com a
temporada já em andamento e
não decepcionaram.
Oswaldo de Oliveira, 55, e Waldemar Lemos, 52, comandam as
reações de, respectivamente, Fluminense e Flamengo.
Entre os times da primeira divisão nacional que trocaram de comando no ano, os dois foram os
que mais lucraram com isso.
Waldemar, que deu os primeiros passos na carreira auxiliando
Oswaldo, assumiu um Flamengo
que tinha até então 37% de aproveitamento. Com ele, o clube da
Gávea, que hoje faz clássico com o
Botafogo pelo Brasileiro no Maracanã, passou a ganhar 54% dos
pontos que disputou.
Mais impressionante é o desempenho de Oswaldo, que, depois de
passagens desastrosas por Corinthians e Vitória, foi trabalhar no
Oriente Médio antes de aceitar o
convite para voltar a Laranjeiras.
Antes do jogo contra o Paraná,
que seria disputado ontem, depois do fechamento desta edição,
ele estava invicto com o time. Foram cinco vitórias e dois empates,
aproveitamento de 81%, bem acima dos 60% que o Flu tinha em
2006 antes dele.
Duelo de irmãos
O confronto entre os irmãos pode ter palco nobre. Flamengo e
Fluminense estão nas semifinais
da Copa do Brasil. Se passarem
por, respectivamente, Ipatinga e
Vasco, irão fazer a decisão, marcada para só depois da final da
Copa do Mundo da Alemanha.
Outros grandes do país que trocaram de treinador não tiveram o
mesmo lucro. O Palmeiras se livrou de Emerson Leão, mas Marcelo Vilar não venceu nenhum
dos três jogos que fez até agora. A
troca de Antônio Lopes por Ademar Braga praticamente não alterou o aproveitamento do Corinthians na temporada.
Com os bons resultados, Oswaldo e Waldemar já demonstram
bastante confiança. "Vejo muito
equilíbrio no Brasileiro. Temos
um elenco com bons valores e não
estamos distantes dos favoritos ao
título", disse o primeiro.
Waldemar, que foi apontado
pelo irmão mais velho como um
especialista em defesa, ficou entusiasmado com o desempenho
desse setor do Flamengo no empate sem gols contra o Atlético-MG que garantiu vaga para seu time nas semifinais da Copa do
Brasil. "Isso é uma proposta de jogo. Soubemos controlar o empate, e o elenco está de parabéns."
Além de Flamengo e Fluminense, os outros grandes do Rio ensaiam uma reação com velhos conhecidos na prancheta.
No Vasco, outro semifinalista
da Copa do Brasil, Renato Gaúcho
continua prestigiado. Apesar de
sulista, ele está há mais de uma
década radicado no futebol carioca. O Botafogo, campeão estadual
de 2006, é comandado por Carlos
Roberto, que foi jogador de sucesso do próprio clube na década de
60.
(PAULO COBOS)
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