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VÔLEI
Ventos favoráveis
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Hoje é o dia de saber qual será a ordem dos jogos do vôlei na Olimpíada de Atenas. O
sorteio será nesta manhã, na Grécia. São duas chaves com seis times cada uma. Se as regras tradicionais de composição de grupos
forem mantidas, a seleção feminina vai cair em uma chave mais
fácil do que a masculina.
Os critérios usados em Olimpíadas anteriores foram os rankings.
No masculino, por ser o número
um, o Brasil deverá ficar no grupo
de Itália (2ª), Rússia (5ª ), EUA
(6º), Holanda (12ª) e Austrália
(21ª). Na outra chave devem ficar
Grécia (sede), Sérvia (3ª), França
(4ª), Argentina (8ª), Polônia (9ª)
e Tunísia (22ª).
Repare que se confirmada essa
formação um dos grupos terá três
dos quatro grandes favoritos ao
ouro: Brasil, Itália e Rússia. Vale
lembrar que Holanda e EUA são
times tecnicamente inferiores,
mas podem complicar. No outro
grupo, a fera é a Sérvia. Classificam-se quatro de cada chave para a fase seguinte.
No feminino, seguindo também
o ranking internacional, a tendência é que o Brasil fique na
mesma chave de Coréia do Sul,
Japão, Itália, Grécia e Quênia. A
seleção italiana, atual campeã
mundial e que terá o reforço da
atacante Togut, é a que dará mais
trabalho. Mesmo assim, o Brasil é
o favorito a campeão do grupo.
O técnico da seleção feminina,
José Roberto Guimarães, torce
para que no sorteio de hoje a ordem dos jogos seja em ordem crescente de dificuldade. Ou seja, o
ideal seria estrear contra Quênia,
depois pegar Grécia, Coréia do
Sul, Japão e Itália.
Na outra chave deverão ficar
China, Estados Unidos, Rússia,
Cuba, Alemanha e República Dominicana. Dessas seis seleções,
três têm chances de chegar à final:
chinesas, russas e norte-americanas. As cubanas, mesmo sem o
grande time de Olimpíadas anteriores, são sempre perigosas.
A possibilidade de cair na chave
mais fácil não anima o técnico José Roberto. Ele diz que, nas quartas-de-final, quando o jogo é eliminatório, o Brasil enfrentará
uma seleção do grupo forte. Ele
tem razão. Se não houver surpresas, o adversário deverá ser Cuba,
candidata a terminar em quarto
lugar na outra chave.
No mundo do vôlei feminino,
uma notícia tem animado os adversários da China, que pelos últimos resultados pode ser apontada
como a favorita ao ouro olímpico.
O principal destaque do time, a
central gigante Ruirui Zhao, quebrou o tornozelo e pode não estar
100% nos Jogos de Atenas.
Sem Zhao, de 1,96 m, a China
perde muito da força do seu bloqueio e ataque. Vale lembrar
também que as principais atacantes russas, como Artamonova,
Chachkova e Godina, mais a levantadora Vassilevskaia, ainda
não têm participações confirmadas nos Jogos de Atenas.
Contusões e problemas de relacionamento com o técnico Nikolai Karpol são os motivos das possíveis ausências. O certo é que o
Brasil vai completo e com grandes
possibilidades de pela primeira
vez fazer uma final olímpica. E,
pelo que tudo indica, a seleção está se preparando com o vento totalmente a favor.
Torneio na Suíça
As principais adversárias da seleção feminina na luta pelo ouro olímpico em Atenas estarão, a partir de amanhã, na Suíça, para a disputa
da Volley Masters, a antiga Copa BCV. No Grupo A estão Alemanha,
Rússia, China e Cuba. No B, Polônia, Itália, Japão e EUA. Dos oito
participantes, só a Polônia não conseguiu se classificar para os Jogos.
Geração de prata
A geração de prata do vôlei brasileiro será homenageada no jogo no
próximo dia 27, entre Brasil e Grécia, válido pela Liga Mundial, em
Belo Horizonte. O motivo é a comemoração de 20 anos pela conquista do vice-campeonato olímpico nos Jogos de Los Angeles, em 1984.
Uma lembrança mais do que merecida para a geração de Renan,
Xandó, William, Bernard, Montanaro, Amauri e cia.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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