DOS ENVIADOS A BUENOS AIRES

Mesmo se o governo federal abraçar o projeto do Santos para manter Robinho no país, haverá dificuldade para colocá-lo em prática, afirma o procurador do atacante, Wagner Ribeiro. O empresário, segundo quem a Texaco tem interesse em patrocinar o atleta, diz temer conflito de interesses.
"Como o Robinho vai fazer propaganda para uma estatal que seja concorrente de um patrocinador seu? Não é permitido pelos contratos dele."
Ribeiro se refere ao fato de que, pela idéia do Santos -revelada pela Folha e acolhida com simpatia pelo Ministério do Esporte-, a estatal ideal para bancar a permanência do craque seria a Petrobras.
Segundo ele, o projeto esbarraria ainda no fato de o time não ser dono dos direitos de imagem do atleta.
Ribeiro, que agencia a carreira do jogador com Juan e Marcel Figer, o contrato de Robinho com o Santos não envolve a imagem. Os direitos foram negociados com a Robinho Marketing, empresa controlada pelo pai do atleta.
Com a exploração de sua imagem, Robinho já fatura o dobro de seu salário no Santos.
E os valores devem aumentar. Se for mesmo para a Europa, os contratos serão renegociados. Será assim, por exemplo, com Nike e Vivo. (PC E RP)


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