São Paulo, domingo, 07 de junho de 2009

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Muricy, 250 jogos na era atual, pega fôlego e segue Telê

Técnico ganha mais uma vez o respaldo da presidência e remonta o São Paulo pela quarta temporada consecutiva

Longevo, treinador quer confirmar a volta da boa fase com vitória diante do Avaí, a qual seria sua primeira fora de casa neste Brasileiro

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Não tem sido tão difícil como nos anos anteriores bater o São Paulo de Muricy Ramalho, mas derrubar o técnico tricolor ainda é uma parada dura. E, com fôlego renovado, ele parte para marcas históricas à frente da equipe, que pega hoje o Avaí, fora, pelo Nacional.
Será o 250º jogo de Muricy na sua fase atual no clube. Discípulo de Telê, ele comandou o time nos anos 90, mas sem o status atual. No geral, são 357 partidas à frente do time do Morumbi, que, para os padrões brasileiros, mantém seus treinadores por longos períodos.
Em número de jogos, Muricy só está atrás na história são-paulina de Vicente Feola, o comandante do primeiro título mundial da seleção brasileira, em 1958, José Poy, que dirigiu Muricy nos anos 70, e Telê Santana, de quem o atual tricampeão brasileiro foi auxiliar.
""Técnico tem que ser cidadão. Preciso entender o cidadão antes de entender o técnico. No Brasil, não tem muitos profissionais que atendem a esses requisitos. É um drama, difícil. Já que o Muricy tem essas qualidades, fiquemos com ele", falou nos últimos dias o presidente são-paulino, Juvenal Juvêncio, ao Globoesporte.com, negando a fritura do treinador.
""É legal, uma marca significativa [completar 250 jogos desde que voltou ao clube]. Mostra como é importante ter uma sequência longa em uma mesma equipe. Sempre procurei fazer trabalhos longos porque só assim você consegue conhecer a fundo os jogadores e o clube", falou Muricy, que mudou o seu time significativamente para voltar a vencer.
Nos 3 a 0 contra o Cruzeiro, Hernanes e Jorge Wagner ficaram no banco de reservas, algo que poderá se repetir hoje. O meia Marlos fez sua estreia, agradou e segue na equipe. Richarlyson cumpriu suspensão, não fez falta aparente ao time e tende a ficar como suplente.
O único problema para Muricy (que na nova fase virou até símbolo sexual para dançarina de funk) hoje está na defesa, pois Miranda está na seleção e Rodrigo e Renato Silva estão fora de combate. Jean Rolt, ex-Ponte Preta, pode estrear, o que configuraria ainda mais um renovado São Paulo de Muricy.
""Há a possibilidade de o Jean ser aproveitado", falou o técnico, que não desistiu de Hernanes. ""Não é má fase, é um momento ruim. Deve passar logo", disse o homem que está a só três vitórias de Telê (em bem menos partidas que o mestre).


NA TV - Avaí x São Paulo
Band (para SP) e Globo (SP), às 16h


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