São Paulo, segunda-feira, 07 de julho de 2008

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Pequim fraciona cidade por patrocínios

Apoiadores oficiais ganham zona exclusiva do governo

DA REPORTAGEM LOCAL

De 11 de julho a 17 de setembro, a cidade de Pequim estará dividida em duas zonas: A e B.
Na primeira, que compreende as ruas mais concorridas e comerciais da sede olímpica, só as empresas patrocinadoras dos Jogos terão direito de exibir suas logomarcas.
Na zona B, companhias que não são patrocinadoras do evento poderão mostrar seus logos. Mas espaços nessa região só estarão disponíveis após as apoiadoras oficiais renunciarem à preferência do direito de ocupar os espaços publicitários em seu proveito.
A autoridade municipal que regulamenta o comércio na cidade de Pequim tem a incumbência de velar pelo cumprimento dessas regras, que impõem multas a empresas que não a respeitarem.
A repartição também proibiu qualquer tipo de publicidade aérea nas datas em que vale a divisão da cidade em razão dos patrocinadores.
Assim, arcos infláveis (muito populares na China), balões e faixas levadas por aviões também estão vetados.
Antes mesmo do início da vigência da norma, algumas pessoas que trabalham para a organização dos Jogos Olímpicos já vivem pessoalmente os cuidados que Pequim tem para preservar os privilégios de seus patrocinadores oficiais.
A agência Efe, por exemplo, registra que um funcionário do centro de imprensa foi obrigado a ocultar a marca de seu telefone celular particular porque o aparelho não era produzido pela sul-coreana Samsung, que é patrocinadora oficial.
E a organização já alertou mais de uma vez que, nas instalações olímpicas, só será autorizado o consumo de bebidas fabricadas pela Coca-Cola, patrocinadora oficial.
A divisão da cidade em razão do espaço publicitário não é a única novidade recente que ronda Pequim, antes da cerimônia de abertura dos Jogos, marcada para 8 de agosto.
Na semana passada, começou a vigorar o veto ao tráfego de 300 mil veículos com altas emissões de poluentes, para melhorar a qualidade do ar pequinês. A proibição vai até 20 de setembro, e a autoridade municipal de trânsito implantou mais de cem pontos de checagem dos veículos no perímetro da capital chinesa.
O controle ficou mais rígido também nos aeroportos. Além de endurecer as normas para a concessão de vistos no período que antecede a Olimpíada, o governo chinês passou uma nova norma, válida para todas as companhias operadoras de vôos para o país. Elas são obrigadas a providenciar para as autoridades uma lista com dados básicos de todos os passageiros que transportarem para o território chinês.


Com agências internacionais


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