DA ENVIADA A SILVERSTONE

A decepção da torcida inglesa anteontem não podia ter sido recompensada de melhor jeito ontem: vitória brilhante e redentora de Lewis Hamilton.
A primeira em casa, a que lhe devolveu à liderança do Mundial e a que encerrou um jejum de duas corridas catastróficas, repletas de erros e nas quais não marcou nenhum ponto.
"Essa foi de longe a melhor vitória da minha vida", falou o inglês, que voltou a exibir seus dentes separados depois de semanas difíceis para ele não só nas pistas, mas também fora.
De queridinho da imprensa inglesa, passou a ser duramente criticado por levar uma vida de pop star longe dos circuitos.
"Precisei de uma quantidade incrível de energia para me manter concentrado. Tinha muita pressão sobre mim", disse. "Além de tudo que houve nas últimas semanas, ontem [anteontem] fiz um péssimo trabalho na classificação."
O trabalho a que se refere foi o quarto lugar conquistado no grid. Pior, ainda teve de ver Heikki Kovalainen, seu companheiro de McLaren, na pole. Mas o quarto lugar se transformou em segundo com uma brilhante largada e, após quatro voltas, o finlandês não resistiu mais à pressão de Hamilton e lhe cedeu a ponta, de onde o inglês só saiu por uma volta, por causa de seu pit stop.
"Eu estava guiando e pensando que, se vencesse, esta seria a minha melhor corrida", disse o novo líder da tabela. "Nas últimas voltas eu podia ver a torcida começando a se levantar e eu rezava: "Se mantenha na pista, só termine a corrida"."
E foi exatamente o que fez, com uma incrível vantagem de mais de um minuto para Nick Heidfeld, o segundo.0 (TC)


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