DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de criticar a atuação de seus dois laterais contra o Cruzeiro, o técnico Oswaldo de Oliveira resolveu mudar.
E a modificação não se limita ao setor esquerdo, em que Gustavo Nery será o titular no lugar de Jorginho, suspenso.
O lateral-direito Gabriel perdeu a posição de titular para Rafael, que constantemente o tem substituído nos jogos do São Paulo pelo Brasileiro.
"O Rafael tem treinado e entrado muito bem nas partidas. Ele merece a chance", afirma o treinador são-paulino.
Gabriel, que no primeiro semestre, ainda com Nelsinho Baptista como treinador, havia tomado a posição de Belletti (então reserva de Cafu na seleção brasileira), foi sacado da equipe por causa de suas últimas atuações.
"Eu acho que caí de produção. Fiquei um tempo parado e, quando voltei, não joguei bem", avalia Gabriel, que em julho renovou seu contrato com o São Paulo por dois anos e meio após mais de um mês de negociações com a diretoria do clube do Morumbi.
Depois de receber elogios pelas atuações mostradas no Torneio Rio-São Paulo, na Copa do Brasil e no Supercampeonato Paulista, Gabriel chegou a cogitar sua saída do clube paulista -seu pai e procurador, o ex-jogador Wladimir, dizia à época que o lateral recebera propostas de clubes da Europa.
"Na primeira oportunidade que eu tive [de ser titular], me machuquei. Acho que minha história no São Paulo poderia ter sido diferente", diz Rafael, 22, emprestado ao São Paulo pelo Guarani até o fim do ano.
Segundo o lateral, as orientações que recebeu do treinador foram para que ele jogue mais defensivamente, sem arriscar muitas idas ao ataque. O objetivo é auxiliar a zaga a neutralizar os cruzamentos do rival.
"Ele [Oliveira] pediu que nas cobranças de faltas, escanteios e laterais eu encoste no jogador de maior estatura."
O técnico aponta a altura de Rafael (1,82 m contra 1,70 m de Gabriel) como um dos motivos que para a mudança, tentando diminuir a fragilidade do time nas bolas pelo alto. (PGA E MS)



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