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São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2003

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Colômbia despreza altitude e ajuda brasileiros

DO ENVIADO A BARRANQUILLA

Para conquistar um bom resultado na sua estréia nas eliminatórias, a seleção brasileira vai contar hoje com a ajuda do inimigo.
No classificatório para o Mundial da Alemanha, a Colômbia resolveu mandar seus jogos na litorânea Barranquilla e assim acabou com um de seus maiores trunfos nos jogos contra o Brasil.
Se optasse por Bogotá, capital do país e que está a mais de 2.600 m do nível do mar, os colombianos colocariam os jogadores brasileiros em dificuldade.
Isso é o que mostra o retrospecto dos jogos entre as duas equipes. Nas cinco vezes em que enfrentou a Colômbia em Bogotá, o time principal do Brasil só conseguiu vencer uma vez. De resto, empatou em três oportunidades (como na abertura das últimas eliminatórias) e perdeu em outra.
Fazer gols na cidade contra a equipe hoje treinada por Francisco Maturana também foi um suplício -foram apenas três nas cinco partidas em Bogotá.
Já nos confrontos diante da Colômbia em outros locais, o Brasil sempre deu as cartas. Em 16 confrontos, foram 13 vitórias brasileiras e apenas uma colombiana.
Em muitas oportunidades aconteceram goleadas, tanto que o Brasil ostenta uma média de 3,12 gols por partida contra a Colômbia fora de Bogotá.
Nas eliminatórias passadas, além do empate contra o rival de hoje, o Brasil sofreu em outras cidades altas -perdeu para o Equador, em Quito, e para a Bolívia, em La Paz.
A mudança para Barranquilla teve dois motivos. Primeiro, a cidade é considerada um talismã para os colombianos. Depois, com mais de uma dezena de convocados atuando no exterior, a altitude também passou a ser um problema para os próprios rivais dos brasileiros hoje.
Localizada na costa caribenha, Barranquilla passa por forte onda de calor. Durante a semana, os termômetros bateram nos 37C. Mas, para o horário do confronto, a chance de chuva é bastante grande no estádio Metropolitano, que deve receber mais de 40 mil pessoas hoje à tarde.
Para evitar euforia demasiada, a seleção da Colômbia, que ganhou em casa a Copa América de 2001, preferiu ficar concentrada em um hotel nos arredores de Barranquilla. Para fugir do intenso calor, o técnico Francisco Maturana chegou a realizar treinos que começavam às 7h da manhã.
O treinador acredita que sua seleção está mais forte e mais experiente do que quatro anos atrás, principalmente graças ao meia Hernández, o grande articulador da equipe. Por isso, diz que seus comandados não irão se intimidar diante de estrelas como Ronaldo, Rivaldo e Roberto Carlos.
"Nós jamais poderemos assumir que seremos as vítimas. Não estamos preparados para aplaudir o Brasil, mas, sim, para vencê-lo", declarou Maturana, que vai escalar dois atacantes (Aristizábal e Angel), apesar de ter pregado um discurso defensivista durante a semana. (PAULO COBOS)


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