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São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2003

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VÔLEI

Homens vencem a revanche do Pan, mulheres passam por primeiro teste, e país mantém hegemonia no continente

Brasil domina pódios sul-americanos

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma passou com facilidade pelo primeiro teste da nova formação. A outra provou estar recuperada de seu pior tropeço. As duas sagraram-se campeãs e mantiveram a hegemonia brasileira.
As seleções de vôlei conquistaram ontem os títulos Sul-Americanos com vitórias fáceis por 3 sets a 0 e já começaram a pensar na busca da vaga olímpica, que acontece na Copa dos Campeões, em novembro, no Japão.
A equipe do técnico Bernardinho contou com o apoio do ginásio lotado no Rio para superar o fiasco do Pan e vencer a Venezuela por 25/22, 26/24 e 25/22.
Com o resultado, a seleção manteve o tabu no continente. Em 25 edições o Sul-Americano, o Brasil subiu 24 vezes no topo do pódio e não foi a uma delas.
"Colocamos as coisas em seus devidos lugares. Aquilo não era a realidade", disse o ponta Nalbert, em alusão à derrota em Santo Domingo, que tirou o país da decisão, vencida pelo rival.
Até Bernardinho, que se mostrou avesso ao clima de revanche durante todo a competição, desabafou: "Esse jogo era quase um "ganhar ou pedir demissão'".
Enquanto os homens ratificavam seu favoritismo no Rio, as mulheres testavam, em Bogotá, sua reação na primeira final.
José Roberto Guimarães viajou à Colômbia com um time formado às pressas após o pedido de demissão de Marco Aurélio Motta, no fim de julho. O novo técnico teve pouco mais de duas semanas para treinar o grupo, que contou com a volta das jogadoras que pediram dispensa em 2002 -Walewska, Érika e Fofão- e da levantadora Fernanda Venturini.
Apesar das dificuldades da preparação, a seleção não encontrou nenhuma dificuldade para arrasar adversários frágeis e conquistar seu quinto título consecutivo.
Desde que o Sul-Americano começou a ser disputado, em 1951, dois países dividem a hegemonia do continente. O Brasil soma agora 14 troféus contra 11 do Peru.
Ontem, na decisão, as brasileiras passaram pela Argentina com parciais de 25/17, 25/13 e 25/13.
Antes, haviam arrasado Colômbia e Peru, também por 3 a 0, mas com parciais bem mais elásticas.
Para a equipe masculina, o torneio continental também foi fácil. Antes de vencer o algoz do Pan, o Brasil havia passado por Chile, Paraguai e Argentina por 3 a 0.
Diferentemente de Zé Roberto, que queria usar o torneio para dar ritmo de jogo às atletas, Bernardinho procurou recuperar a motivação de seus comandados após a participação em Santo Domingo.
"O time estava ansioso por essa partida [contra a Venezuela]. Cometemos alguns erros, mas voltamos a jogar com muita determinação. Esta vitória mostra que o Brasil aprendeu algumas lições e que ainda precisa aprender outras", avaliou o treinador.



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