|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sul-Americana é consolo em ano cheio de tropeços do Santos
Time vê classificação ao torneio como chance de minimizar temporada pífia
RICARDO VIEL
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
O Santos se despede hoje na
Vila Belmiro, contra o Náutico,
de um 2008 que, para o clube,
não deixará saudades.
Fora da segunda fase do Paulista, desclassificado nas quartas-de-final da Libertadores e
na zona do rebaixamento durante meio Brasileiro, os santistas tiveram bem pouco o que
comemorar neste ano.
Para amenizar o medíocre
desempenho, o clube se agarrou à possibilidade de disputar
a Sul-Americana em 2009.
"Quando assumi, estávamos
a cinco pontos do primeiro time fora do rebaixamento. Falei
em Sul-Americana e me chamaram de louco", disse Márcio
Fernandes, um dos três treinadores do time neste ano.
Ajudado pelo Inter, que conquistou a Sul-Americana -o
que abriu mais uma vaga para
equipes brasileiras-, o Santos
se credencia a disputar o torneio com um empate hoje.
Uma derrota, além de deixar
o time fora do torneio continental, carimbará a campanha
de 2008 -atualmente com
39,6% de aproveitamento- como a segunda pior do clube em
Brasileiros. Ficará atrás apenas
da de 1987, quando a equipe
conquistou 28,9% dos pontos.
"É claro que um time como o
Santos tem que estar sempre lá
em cima, não pensar que ter escapado do rebaixamento foi um
sucesso. Mas também não podemos considerar esse Brasileiro um fracasso total, se
olharmos o nosso início ruim",
comentou o zagueiro Adaílton.
Como agrado à torcida, que
viu o clube nas últimas posições durante quase todo o campeonato, a diretoria do Santos
reduziu o preço das entradas.
Os ingressos, que vinham
sendo vendidos a R$ 10 por
causa de uma promoção, ficaram mais baratos: custarão R$
5 aos que comparecerem ao estádio com a camisa do time.
No ano de nenhuma glória, o
torcedor pode ter algo de que se
lembrar. O atacante Kléber Pereira, que já marcou 21 gols no
Nacional, pode se tornar o artilheiro desta edição. Washington e Keirrison, com 20 gols cada um, são as maiores ameaças.
O camisa 9 pode também se
tornar o maior artilheiro do
clube em Nacionais. Para isso,
precisa passar Serginho Chulapa, que em 1983 fez 22 gols.
Em 15º no Nacional, o Náutico precisa de um empate para
se livrar do rebaixamento sem
precisar de outros resultados.
Texto Anterior: Mesmo sem vaga, Pierre vai festejar Próximo Texto: Paulo Vinicius Coelho: A mala e o troféu Índice
|