São Paulo, domingo, 07 de dezembro de 2008

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Sul-Americana é consolo em ano cheio de tropeços do Santos

Time vê classificação ao torneio como chance de minimizar temporada pífia

RICARDO VIEL
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

O Santos se despede hoje na Vila Belmiro, contra o Náutico, de um 2008 que, para o clube, não deixará saudades.
Fora da segunda fase do Paulista, desclassificado nas quartas-de-final da Libertadores e na zona do rebaixamento durante meio Brasileiro, os santistas tiveram bem pouco o que comemorar neste ano.
Para amenizar o medíocre desempenho, o clube se agarrou à possibilidade de disputar a Sul-Americana em 2009.
"Quando assumi, estávamos a cinco pontos do primeiro time fora do rebaixamento. Falei em Sul-Americana e me chamaram de louco", disse Márcio Fernandes, um dos três treinadores do time neste ano.
Ajudado pelo Inter, que conquistou a Sul-Americana -o que abriu mais uma vaga para equipes brasileiras-, o Santos se credencia a disputar o torneio com um empate hoje.
Uma derrota, além de deixar o time fora do torneio continental, carimbará a campanha de 2008 -atualmente com 39,6% de aproveitamento- como a segunda pior do clube em Brasileiros. Ficará atrás apenas da de 1987, quando a equipe conquistou 28,9% dos pontos.
"É claro que um time como o Santos tem que estar sempre lá em cima, não pensar que ter escapado do rebaixamento foi um sucesso. Mas também não podemos considerar esse Brasileiro um fracasso total, se olharmos o nosso início ruim", comentou o zagueiro Adaílton.
Como agrado à torcida, que viu o clube nas últimas posições durante quase todo o campeonato, a diretoria do Santos reduziu o preço das entradas.
Os ingressos, que vinham sendo vendidos a R$ 10 por causa de uma promoção, ficaram mais baratos: custarão R$ 5 aos que comparecerem ao estádio com a camisa do time.
No ano de nenhuma glória, o torcedor pode ter algo de que se lembrar. O atacante Kléber Pereira, que já marcou 21 gols no Nacional, pode se tornar o artilheiro desta edição. Washington e Keirrison, com 20 gols cada um, são as maiores ameaças.
O camisa 9 pode também se tornar o maior artilheiro do clube em Nacionais. Para isso, precisa passar Serginho Chulapa, que em 1983 fez 22 gols.
Em 15º no Nacional, o Náutico precisa de um empate para se livrar do rebaixamento sem precisar de outros resultados.


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