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"Humilhação" forjou time atual de Roth
Humilhado, xingado e desacreditado. Assim foi forjado o Grêmio vice-líder do
Brasileiro e candidato ao título, segundo seu técnico,
Celso Roth, às vésperas do
jogo contra o Atlético-MG,
em que precisa da vitória.
Refere-se à desclassificação gremista da Copa do Brasil, no Olímpico, diante do
Atlético-GO. Ocorrida em 9
de abril, essa derrota tirou a
credibilidade da equipe.
Por um mês, o elenco jogou amistosos contra times
pequenos à espera do Brasileiro. Era a expiação, lembra
Roth. "As pessoas não entendiam. Mas precisávamos vestir o fardamento e sermos
humilhados, xingados. Era
preciso passar por aquilo."
Daquela noite, restou a base do time e o técnico. Dos
atletas que estavam naquele
jogo, cinco jogam hoje: Léo,
Jean, Willian Magrão, Rafael
Carioca e Perea.
"Desisti de ir embora
quando vi como os jogadores
reagiram. Vi que tinham uma
qualidade pessoal, mais importante até do que a técnica", disse o treinador.
E a vitória sobre o São Paulo, na estréia do campeonato,
segurou Roth. Time que liderou o Brasileiro por mais rodadas, o Grêmio se vê de fato
merecedor do título.
Depois da goleada sobre o
Ipatinga, Roth, conhecido
pela dureza, admitiu que ficou com os olhos marejados
no vestiário do time e com a
certeza de estar na disputa.
"Tenho mais de 50 anos, a
gente muda." O Grêmio mudou em oito meses.
(RM)
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