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Time repete elementos da última conquista
Título tem semelhanças
com campanha de 1992
DOS ENVIADOS AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO
Passaram-se 17 anos. Mas,
como se seguisse um roteiro, o
Flamengo repetiu partes do filme de sua última conquista no
Brasileiro. As campanhas de
1992 e 2009 possuem diversos
elementos em comum -início
ruim no campeonato, altos e
baixos durante a campanha,
ídolos contestados e ex-ídolos
em campo como técnicos.
Oscilante, o time de 1992 somou 50% dos pontos até a 15ª
rodada, quando perdeu para o
Sport. Foi dado como morto.
Neste ano, o Flamengo também não constava na lista de favoritos ao título no início do
campeonato. Até a 21ª rodada,
o aproveitamento foi de apenas
46% dos pontos. A derrota para
o Avaí, por 3 a 0, no dia 23 de
agosto, parecia decretar o fim
de qualquer chance de título.
Em 1992, a arrancada começou depois de três vitórias nos
quatro jogos finais da fase de
classificação. No quadrangular,
o time chegou à última rodada
precisando bater o Santos,
além de torcer por um tropeço
do São Paulo. Aconteceu.
Ao superar o Botafogo na final, o Flamengo atingiu, a partir da arrancada, 68% de aproveitamento, desempenho muito superior ao obtido pelo time
na fase inicial do campeonato.
Percentual parecido ocorreu
agora. Após a derrota para os
catarinenses, os rubro-negros
conquistaram 70% dos pontos.
Como há 17 anos, a liderança
também chegou graças a um
tropeço rival -neste ano, a derrota do São Paulo sobre o Goiás.
Nas duas campanhas, o ídolo
dos flamenguistas foram jogadores em fim de carreira. Em
1992 foi Júnior, 38, que, no ano
anterior, tinha pensado em se
aposentar. Também dado como acabado, Petkovic voltou
em maio à Gávea sob resistência de torcida, elenco e diretoria. Virou o craque da equipe.
Por fim, os técnicos das duas
campanhas campeãs já atuaram como volantes rubro-negros. Em 1992, o treinador
era Carlinhos, jogador nos anos
60. Já Andrade foi ídolo do
meio campo na década de 80.
(RODRIGO MATTOS E SÉRGIO RANGEL)
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