São Paulo, segunda-feira, 07 de dezembro de 2009

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Time repete elementos da última conquista

Título tem semelhanças com campanha de 1992

DOS ENVIADOS AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO

Passaram-se 17 anos. Mas, como se seguisse um roteiro, o Flamengo repetiu partes do filme de sua última conquista no Brasileiro. As campanhas de 1992 e 2009 possuem diversos elementos em comum -início ruim no campeonato, altos e baixos durante a campanha, ídolos contestados e ex-ídolos em campo como técnicos.
Oscilante, o time de 1992 somou 50% dos pontos até a 15ª rodada, quando perdeu para o Sport. Foi dado como morto.
Neste ano, o Flamengo também não constava na lista de favoritos ao título no início do campeonato. Até a 21ª rodada, o aproveitamento foi de apenas 46% dos pontos. A derrota para o Avaí, por 3 a 0, no dia 23 de agosto, parecia decretar o fim de qualquer chance de título.
Em 1992, a arrancada começou depois de três vitórias nos quatro jogos finais da fase de classificação. No quadrangular, o time chegou à última rodada precisando bater o Santos, além de torcer por um tropeço do São Paulo. Aconteceu.
Ao superar o Botafogo na final, o Flamengo atingiu, a partir da arrancada, 68% de aproveitamento, desempenho muito superior ao obtido pelo time na fase inicial do campeonato.
Percentual parecido ocorreu agora. Após a derrota para os catarinenses, os rubro-negros conquistaram 70% dos pontos. Como há 17 anos, a liderança também chegou graças a um tropeço rival -neste ano, a derrota do São Paulo sobre o Goiás.
Nas duas campanhas, o ídolo dos flamenguistas foram jogadores em fim de carreira. Em 1992 foi Júnior, 38, que, no ano anterior, tinha pensado em se aposentar. Também dado como acabado, Petkovic voltou em maio à Gávea sob resistência de torcida, elenco e diretoria. Virou o craque da equipe.
Por fim, os técnicos das duas campanhas campeãs já atuaram como volantes rubro-negros. Em 1992, o treinador era Carlinhos, jogador nos anos 60. Já Andrade foi ídolo do meio campo na década de 80. (RODRIGO MATTOS E SÉRGIO RANGEL)


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