São Paulo, segunda-feira, 07 de dezembro de 2009

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Briga campal marca jogo em Curitiba

Armados com paus e pedras, torcedores invadem o gramado do Couto Pereira e enfrentam policiais e até jogadores

Batalha logo após o final da partida que rebaixou Coritiba no ano de seu centenário deixa mais de 20 feridos e pode render suspensão

DA AGÊNCIA FOLHA

Revoltados com o empate por 1 a 1 que resultou no rebaixamento do Coritiba para a Série B, torcedores do time invadiram o gramado do Couto Pereira, ontem, ao final do jogo, e protagonizaram uma batalha campal com policiais, trio de arbitragem e profissionais do próprio clube e do Fluminense.
Policiais militares cercaram o campo para tentar, sem sucesso, impedir a entrada de torcedores, que depredaram parte do estádio. Bancos, pedaços de madeira e tripés de câmeras filmadoras utilizadas por jornalistas foram arremessados em direção aos soldados.
Na confusão, três PMs e 11 torcedores foram feridos -um deles foi baleado do lado de fora do estádio, de acordo com o Corpo de Bombeiros.
Um dos policiais agredidos dentro do estádio Couto Pereira, o soldado Gomides, foi atingido por uma pedrada no nariz.
De acordo com a PM paranaense, o soldado recebeu atendimento e passa bem.
A corporação informou que o número oficial de pessoas feridas e detidas na confusão será divulgado somente hoje.
Um segurança do Fluminense teve o braço quebrado ao tentar proteger o atacante Fred. "Foi uma situação lamentável", afirmou o centroavante.
Um torcedor, de 41 anos, vítima de ataque cardíaco, e outro, de 27, ferido no braço, foram retirados por um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal.
Eles foram levados para o Hospital Evangélico, que recebeu outros cinco torcedores. O caso mais grave, segundo a instituição, era a de um jovem, com idade não confirmada, que seria encaminhado para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ontem à noite. O hospital não soube informar que tipo de ferimentos ele sofreu.
"Não sei quantos eram [os policiais], mas a PM não estava dando conta", afirmou o torcedor Carlos Eduardo Schultz, 23, que estava no estádio.
A assessoria de imprensa da PM não informou quantos homens da corporação realizavam a segurança da partida.
No Couto Pereira, 35 mil pessoas acompanharam a partida. Parte do público, que estava no setor mais alto do estádio, só conseguiu sair uma hora depois do término da partida.
Ao menos três hospitais da região estavam recebendo torcedores feridos durante a noite.
O procurador do STJD Paulo Schimidt deve convocar uma reunião extraordinária hoje para avaliar o caso. O estádio Couto Pereira pode ser interditado por até seis meses em 2010.
O empate por 1 a 1 contra o Fluminense ontem à tarde rebaixou a equipe paranaense em pleno ano de seu centenário.


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