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Briga campal marca jogo em Curitiba
Armados com paus e pedras, torcedores invadem o gramado do Couto Pereira e enfrentam policiais e até jogadores
Batalha logo após o final da partida que rebaixou Coritiba no ano de seu centenário deixa mais de 20 feridos
e pode render suspensão
DA AGÊNCIA FOLHA
Revoltados com o empate
por 1 a 1 que resultou no rebaixamento do Coritiba para a Série B, torcedores do time invadiram o gramado do Couto Pereira, ontem, ao final do jogo, e
protagonizaram uma batalha
campal com policiais, trio de
arbitragem e profissionais do
próprio clube e do Fluminense.
Policiais militares cercaram
o campo para tentar, sem sucesso, impedir a entrada de torcedores, que depredaram parte
do estádio. Bancos, pedaços de
madeira e tripés de câmeras filmadoras utilizadas por jornalistas foram arremessados em
direção aos soldados.
Na confusão, três PMs e 11
torcedores foram feridos -um
deles foi baleado do lado de fora
do estádio, de acordo com o
Corpo de Bombeiros.
Um dos policiais agredidos
dentro do estádio Couto Pereira, o soldado Gomides, foi atingido por uma pedrada no nariz.
De acordo com a PM paranaense, o soldado recebeu
atendimento e passa bem.
A corporação informou que o
número oficial de pessoas feridas e detidas na confusão será
divulgado somente hoje.
Um segurança do Fluminense teve o braço quebrado ao
tentar proteger o atacante
Fred. "Foi uma situação lamentável", afirmou o centroavante.
Um torcedor, de 41 anos, vítima de ataque cardíaco, e outro,
de 27, ferido no braço, foram
retirados por um helicóptero
da Polícia Rodoviária Federal.
Eles foram levados para o
Hospital Evangélico, que recebeu outros cinco torcedores. O
caso mais grave, segundo a instituição, era a de um jovem,
com idade não confirmada, que
seria encaminhado para a UTI
(Unidade de Terapia Intensiva)
ontem à noite. O hospital não
soube informar que tipo de ferimentos ele sofreu.
"Não sei quantos eram [os
policiais], mas a PM não estava
dando conta", afirmou o torcedor Carlos Eduardo Schultz,
23, que estava no estádio.
A assessoria de imprensa da
PM não informou quantos homens da corporação realizavam a segurança da partida.
No Couto Pereira, 35 mil pessoas acompanharam a partida.
Parte do público, que estava no
setor mais alto do estádio, só
conseguiu sair uma hora depois
do término da partida.
Ao menos três hospitais da
região estavam recebendo torcedores feridos durante a noite.
O procurador do STJD Paulo
Schimidt deve convocar uma
reunião extraordinária hoje para avaliar o caso. O estádio Couto Pereira pode ser interditado
por até seis meses em 2010.
O empate por 1 a 1 contra o
Fluminense ontem à tarde rebaixou a equipe paranaense em
pleno ano de seu centenário.
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