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TÊNIS
História já conhecida
RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA
Há quem diga que a temporada de saibro é a mais excitante do circuito profissional.
Provavelmente porque é nesta
época do ano que os brasileiros
têm mais chances de avançar nos
torneios. Certamente porque ela
termina com o Aberto da França,
Grand Slam que imortalizou
Gustavo Kuerten.
Não há como negar, porém, que
a temporada de saibro mostra,
ironicamente, ano após ano, que
pouco muda com os tempos. Até
certo modo previsível, nem tudo é
excitação nesse momento.
Veja por exemplo o que rolou
no longínquo 1998: o espanhol
Carlos Moyá ficou com o título
em Montecarlo, o chileno Marcelo Ríos faturou o troféu em Roma.
Em Roland Garros, deu novamente Moyá, em uma final contra o compatriota Alex Corretja.
A temporada de saibro em 1999
também não mostrou muita variação: em Casablanca, no Estoril
e em Barcelona, espanhóis levantando o troféu de campeão.
Em Montecarlo, deu Kuerten.
Em Munique, um argentino,
Franco Squillari. Outro argentino, Mariano Zabaleta, foi vice de
Ríos em Hamburgo. Ah, Kuerten
também ganhou em Roma naquele 1999. Em Roland Garros,
Andre Agassi fechava seu Grand
Slam. Mas Agassi ganhar um título é surpresa?
Lembra do ano 2000? Teve argentino ganhando na Cidade do
México (Juan Ignacio Chela), em
Bogotá (Mariano Puerta), em
Munique (Squillari) e terminando como vice de Kuerten em Santiago (Puerta também). Teve espanhol em Estoril (Moyá), Casablanca (Fernando Vicente) e o jovem Juan Carlos Ferrero como vice de Marat Safin em Barcelona.
Ok, um sueco (Magnus Norman) ganhou em Roma, em cima
de Kuerten. Mas, para não dizer
que houve surpresa, o brasileiro
conquistou o título em Hamburgo e em Roland Garros.
A temporada de saibro do ano
passado é recente: final argentina
no Chile (Guillermo Coria x Gastón Gaudio), títulos espanhóis em
Bogotá (Fernando Vicente), Barcelona (Ferrero), Mallorca (Alberto Martin), Roma (Ferrero) e
Hamburgo (Albert Portas). E, você se lembra, Kuerten ganhou em
Buenos Aires, Acapulco, Montecarlo e Roland Garros. Surpreso?
Pois agora repare no que aconteceu até agora neste ano. O que
deu no Chile? O chileno Fernando
Gonzalez. Em Buenos Aires? Outro chileno, Nicolas Massu. Em
Acapulco? Moyá. Os argentinos
ficaram com o troféu em Estoril
(David Nalbandian), em Barcelona e Mallorca (ambos Gaudio).
O único Masters Series até agora teve como dono o espanhol
Juan Carlos Ferrero, batendo na
final o espanhol Carlos Moyá. E
em Roma, nesta semana, alguém
aposta em novidade?
Quer saber o que é rotina também nestes últimos anos? É a vida
de Pete Sampras na terra batida.
O antes é sempre assim: "O saibro é um piso em que tenho tido
problemas na carreira, mas estou
confiante de que minha experiência pode ajudar. É difícil ganhar
nesse piso, pois existem bons tenistas que sabem jogar no saibro,
mas me sinto inspirado e melhor
do que nos últimos anos."
Como em anos passados, Sampras acabou eliminado já na estréia em Roma. Diante de um espanhol, aliás: Felix Mantilla.
O depois é sempre assim: "Estou
desapontado. Ele jogou bem e não
me deu chances".
Futuro promissor
Havia dito que qualquer conclusão sobre o estado físico e técnico
de Guga até o fim deste mês seria precipitado. E é. De qualquer maneira, quem não ficou feliz com as atuações dele em Mallorca e em
Roma? Ele próprio diz estar satisfeito com o rendimento. Em Mallorca, ganhou dois jogos antes de ser eliminado pelo depois campeão, Gaston Gaudio. Em Roma, ontem, jogou seguro, firme.
Futuro promissor
Bons infanto-juvenis estão jogando em Chapecó, Santa Catarina,
no Country Club. São quase 200 tenistas disputando a terceira etapa do Circuito Unimed, nas categorias que vão de 12 a 18 anos.
Futuro incerto
Anna Kournikova, você conhece. E Svetlana Kuznetsova? Pois
Kournikova perdeu ontem para Kuznetsova no Torneio de Varsóvia (POL). Está cada dia mais difícil para a russa manter a pose.
E-mail randaku@uol.com.br
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