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GRUPO C/ HOJE
Altura rival leva Scolari a usar velocidade e chute
"Muralha" chinesa faz Brasil deixar jogo aéreo
DOS ENVIADOS A SEOGWIPO
O "chuveirinho" que marcou a
carreira de Luiz Felipe Scolari deverá ser colocado hoje em segundo plano pelo Brasil. Contra a
"muralha" da China, a ordem do
treinador gaúcho, que ganhou títulos nos clubes por que passou
abusando das jogadas aéreas, é insistir em arremates de longa distância e em lances pelo chão.
O principal motivo para Scolari,
pelo menos por enquanto, deixar
de lado sua idéia de implementar
também na seleção sua jogada típica está na altura dos rivais.
A começar pelo gol, onde estará
postado o "gigante" Jiang Jin
(2,02 m), o time asiático é dotado
de uma altura invejável para os
adeptos do "chuveirinho". Dos 11
atletas que o técnico Bora Milutinovic colocará em campo, apenas
dois têm menos de 1,80 m.
Para vencer a barreira chinesa,
Scolari mais uma vez apostará em
baixinhos. Para furar a defesa rival com passes rápidos e triangulações, Scolari aposta suas fichas
no "anão" Juninho (1,67 m), um
dos mais baixos do Mundial.
Já em relação aos arremates de
longa distância, a esperança do
treinador está na potência dos
chutes do baixinho Roberto Carlos (1,68 m). Outra aposta para arriscar de fora da área é Rivaldo,
apesar de seus 1,86 m.
"Não temos que nos preocupar
com a altura do goleiro. O segredo
é evitar as bolas pelo alto. Vou
tentar chutar rasteiro", afirmou.
Se se repetir o que aconteceu na
estréia contra os turcos, Scolari
pode ficar tranquilo: seus pedidos
serão plenamente atendidos.
De acordo com o Datafolha, o
time brasileiro fez dez finalizações
de fora da área, atrás apenas da
Rússia (16). O Brasil também ignorou as jogadas aéreas. Está em
25º no ranking do fundamento,
com apenas uma tentativa.
Na defesa, os grandalhões chineses também preocupam Scolari
-seu principal temor é em relação ao atacante Chen (1,85 m).
Apesar de mostrar preocupação
em relação ao grandalhão chinês,
o técnico brasileiro resolveu apostar em Anderson Polga (1,82 m)
no lugar de Edmilson, três centímetros mais alto que o companheiro. "Eles são fortes pelo alto.
Nós precisamos estar atentos o
tempo todo", declarou Polga.
(FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG E SÉRGIO RANGEL)
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