São Paulo, sábado, 08 de junho de 2002

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GRUPO C/ HOJE

Altura rival leva Scolari a usar velocidade e chute

"Muralha" chinesa faz Brasil deixar jogo aéreo

DOS ENVIADOS A SEOGWIPO

O "chuveirinho" que marcou a carreira de Luiz Felipe Scolari deverá ser colocado hoje em segundo plano pelo Brasil. Contra a "muralha" da China, a ordem do treinador gaúcho, que ganhou títulos nos clubes por que passou abusando das jogadas aéreas, é insistir em arremates de longa distância e em lances pelo chão.
O principal motivo para Scolari, pelo menos por enquanto, deixar de lado sua idéia de implementar também na seleção sua jogada típica está na altura dos rivais.
A começar pelo gol, onde estará postado o "gigante" Jiang Jin (2,02 m), o time asiático é dotado de uma altura invejável para os adeptos do "chuveirinho". Dos 11 atletas que o técnico Bora Milutinovic colocará em campo, apenas dois têm menos de 1,80 m.
Para vencer a barreira chinesa, Scolari mais uma vez apostará em baixinhos. Para furar a defesa rival com passes rápidos e triangulações, Scolari aposta suas fichas no "anão" Juninho (1,67 m), um dos mais baixos do Mundial.
Já em relação aos arremates de longa distância, a esperança do treinador está na potência dos chutes do baixinho Roberto Carlos (1,68 m). Outra aposta para arriscar de fora da área é Rivaldo, apesar de seus 1,86 m.
"Não temos que nos preocupar com a altura do goleiro. O segredo é evitar as bolas pelo alto. Vou tentar chutar rasteiro", afirmou.
Se se repetir o que aconteceu na estréia contra os turcos, Scolari pode ficar tranquilo: seus pedidos serão plenamente atendidos.
De acordo com o Datafolha, o time brasileiro fez dez finalizações de fora da área, atrás apenas da Rússia (16). O Brasil também ignorou as jogadas aéreas. Está em 25º no ranking do fundamento, com apenas uma tentativa.
Na defesa, os grandalhões chineses também preocupam Scolari -seu principal temor é em relação ao atacante Chen (1,85 m).
Apesar de mostrar preocupação em relação ao grandalhão chinês, o técnico brasileiro resolveu apostar em Anderson Polga (1,82 m) no lugar de Edmilson, três centímetros mais alto que o companheiro. "Eles são fortes pelo alto. Nós precisamos estar atentos o tempo todo", declarou Polga. (FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG E SÉRGIO RANGEL)



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