São Paulo, sábado, 08 de junho de 2002

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SONINHA

O osso é duro, mas dá pra roer

Pensei várias vezes em escrever: "Se a Argentina fosse o Brasil, nós teríamos visto vários defeitos na estréia. Como torcedores, repararíamos e sofreríamos com cada erro do time". Acabei desistindo do tema, mas volto a ele agora (oportunista, eu?).
Argentina x Nigéria foi um jogão, mas só a Argentina jogou. A Nigéria é forte "a princípio", mas ficou paralisada. Criou uma chance com Okosha, e foi só. Mérito dos argentinos, mas superá-los era problema dos nigerianos! Eles praticamente entregavam a bola, quando finalmente a conseguiam.
Verón é um monstro, mas deu "engrossadas" que não perdoaríamos em Rivaldo. Ortega é infernal, mas se fosse Denílson... "É pouco objetivo", diríamos.
Zanetti subia driblando todo mundo, mas perdia a bola no final. Se fosse Juninho ou Vampeta, seria: "Ele prende demais!". Mil chances foram criadas, mas o único gol saiu na cobrança de escanteio ("à la Felipão"?). É verdade que o goleiro da Nigéria foi muito bem, mas superá-lo era problema dos argentinos. Se precisarem do saldo de gols...
A marcação no campo todo foi espetacular, não há o que discutir. A Argentina ataca e defende em bloco, com incríveis movimentação, posicionamento e resistência. Sorín foi o craque da primeira rodada e vários jogadores são acima da média. Mas a seleção ainda favorita não é infalível. Que o digam Seaman, Ferdinand, Scholes, Sinclair, Beckham, Owen e companhia.

soninha.folha@uol.com.br



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