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SONINHA
O osso é duro, mas dá pra roer
Pensei várias vezes em escrever: "Se a Argentina
fosse o Brasil, nós teríamos visto vários defeitos na estréia. Como torcedores, repararíamos e sofreríamos com cada
erro do time". Acabei desistindo
do tema, mas volto a ele agora
(oportunista, eu?).
Argentina x Nigéria foi um jogão, mas só a Argentina jogou.
A Nigéria é forte "a princípio",
mas ficou paralisada. Criou
uma chance com Okosha, e foi
só. Mérito dos argentinos, mas
superá-los era problema dos nigerianos! Eles praticamente entregavam a bola, quando finalmente a conseguiam.
Verón é um monstro, mas deu
"engrossadas" que não perdoaríamos em Rivaldo. Ortega é infernal, mas se fosse Denílson...
"É pouco objetivo", diríamos.
Zanetti subia driblando todo
mundo, mas perdia a bola no final. Se fosse Juninho ou Vampeta, seria: "Ele prende demais!".
Mil chances foram criadas, mas
o único gol saiu na cobrança de
escanteio ("à la Felipão"?). É
verdade que o goleiro da Nigéria foi muito bem, mas superá-lo era problema dos argentinos.
Se precisarem do saldo de gols...
A marcação no campo todo
foi espetacular, não há o que
discutir. A Argentina ataca e
defende em bloco, com incríveis
movimentação, posicionamento e resistência. Sorín foi o craque da primeira rodada e vários jogadores são acima da média. Mas a seleção ainda favorita não é infalível. Que o digam
Seaman, Ferdinand, Scholes,
Sinclair, Beckham, Owen e
companhia.
soninha.folha@uol.com.br
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