São Paulo, segunda-feira, 08 de junho de 2009

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Estrelas do atletismo vivem dia distinto

Fabiana Murer se destaca, e Maurren Maggi ataca juízes

TAI NALON
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO

O Engenhão dá sorte para Fabiana Murer. Quase dois anos depois de conquistar a medalha de ouro no Pan, a saltadora pulou 4,82 m em sua terceira tentativa, conseguiu o melhor índice da prova em 2009 e derrubou o próprio recorde sul-americano.
Em um dia em que, segundo ela, tudo estava dando certo, Fabiana, que fracassou na Olimpíada de Pequim, em 2008, ainda tentou, sem sucesso, ultrapassar os 4,94 m do recorde pan-americano.
No próximo domingo, ela tem um grande desafio: enfrentará Ielena Isinbaieva, na etapa de Berlim (Alemanha) da Liga de Ouro. A russa, atual campeã olímpica, detém o recorde mundal do salto com vara (5,01 m) e é quase imbatível. "O foco agora é melhorar a minha marca, porque, para o Mundial [também em Berlim, em agosto], dá para esperar um salto bem mais alto", disse Fabiana.
Jadel Gregório, recuperado de uma lesão na coxa direita, cravou 16,96 m e levou a medalha de ouro no salto triplo, mas quase perdeu o direito de subir ao alto do pódio. Um suposto atraso na apresentação do atleta, ainda na fase de qualificação, foi a alegação da equipe Rede Atletismo ao entrar com recurso para desqualificá-lo.
O júri de apelação concedeu o direito à medalha, mas retirou o direito do Pinheiros de receber os pontos. O clube já entrou com recurso no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) da Confederação Brasileira de Atletismo.
Marílson dos Santos, com 13min34s79, garantiu sua segunda medalha de ouro no torneio -a primeira foi nos 10.000 m, na quinta-, desta vez nos 5.000 m, e bateu o recorde da competição. "Agora é treinar, porque o Troféu Brasil acabou comigo!", falou Marílson.
O fundista, que declarou ter condições de lutar por uma medalha na maratona do Mundial, embarca ainda neste mês para Saint Moritz, na Suíça, para treinar na altitude.
Keila Costa foi a surpresa da competição ao superar a campeã olímpica Maurren Maggi no salto à distância.
Maurren, que queimou seu último e melhor salto -fez 6,88 m, contra os 6,79 m de Keila- e teve a tentativa anulada, reclamou muito com os juízes.
Maurren saiu da prova inconformada com a marca oficial de 6,75 m (segundo lugar) e avisou que irá protestar.
"Nada contra a Keila, fico até feliz por ela, já que somos da mesma equipe, mas esse tipo de coisa só acontece no Brasil. Lá fora, eles protegem seus atletas", disse a ouro em Pequim, cuja maior preocupação é se recuperar de tendinite no joelho para chegar bem ao Mundial.
No alto do pódio, Keila declarou que já se conformava com o segundo lugar antes de Maurren realizar o último pulo. "Ainda tenho o que melhorar."

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