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Estrelas do atletismo vivem dia distinto
Fabiana Murer se destaca, e Maurren Maggi ataca juízes
TAI NALON
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO
O Engenhão dá sorte para
Fabiana Murer. Quase dois
anos depois de conquistar a
medalha de ouro no Pan, a saltadora pulou 4,82 m em sua terceira tentativa, conseguiu o
melhor índice da prova em
2009 e derrubou o próprio recorde sul-americano.
Em um dia em que, segundo
ela, tudo estava dando certo,
Fabiana, que fracassou na
Olimpíada de Pequim, em
2008, ainda tentou, sem sucesso, ultrapassar os 4,94 m do recorde pan-americano.
No próximo domingo, ela
tem um grande desafio: enfrentará Ielena Isinbaieva, na etapa
de Berlim (Alemanha) da Liga
de Ouro. A russa, atual campeã
olímpica, detém o recorde
mundal do salto com vara (5,01
m) e é quase imbatível. "O foco
agora é melhorar a minha marca, porque, para o Mundial
[também em Berlim, em agosto], dá para esperar um salto
bem mais alto", disse Fabiana.
Jadel Gregório, recuperado
de uma lesão na coxa direita,
cravou 16,96 m e levou a medalha de ouro no salto triplo, mas
quase perdeu o direito de subir
ao alto do pódio. Um suposto
atraso na apresentação do atleta, ainda na fase de qualificação, foi a alegação da equipe Rede Atletismo ao entrar com recurso para desqualificá-lo.
O júri de apelação concedeu
o direito à medalha, mas retirou o direito do Pinheiros de
receber os pontos. O clube já
entrou com recurso no STJD
(Superior Tribunal de Justiça
Desportiva) da Confederação
Brasileira de Atletismo.
Marílson dos Santos, com
13min34s79, garantiu sua segunda medalha de ouro no torneio -a primeira foi nos 10.000
m, na quinta-, desta vez nos
5.000 m, e bateu o recorde da
competição. "Agora é treinar,
porque o Troféu Brasil acabou
comigo!", falou Marílson.
O fundista, que declarou ter
condições de lutar por uma medalha na maratona do Mundial,
embarca ainda neste mês para
Saint Moritz, na Suíça, para
treinar na altitude.
Keila Costa foi a surpresa da
competição ao superar a campeã olímpica Maurren Maggi
no salto à distância.
Maurren, que queimou seu
último e melhor salto -fez 6,88
m, contra os 6,79 m de Keila- e
teve a tentativa anulada, reclamou muito com os juízes.
Maurren saiu da prova inconformada com a marca oficial de 6,75 m (segundo lugar) e
avisou que irá protestar.
"Nada contra a Keila, fico até
feliz por ela, já que somos da
mesma equipe, mas esse tipo de
coisa só acontece no Brasil. Lá
fora, eles protegem seus atletas", disse a ouro em Pequim,
cuja maior preocupação é se recuperar de tendinite no joelho
para chegar bem ao Mundial.
No alto do pódio, Keila declarou que já se conformava com o
segundo lugar antes de Maurren realizar o último pulo.
"Ainda tenho o que melhorar."
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