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TÊNIS
Robert Falkenburg, brasileiro naturalizado, foi campeão de simples em 48
'Brasileiro' já foi campeão ma grama de Wimbledon
FERNANDO CAMINATI
DA FOLHA ONLINE
Nova-iorquino do bairro de
Brooklin, Robert Falkenburg é o
único "brasileiro" campeão do
Torneio de Wimbledon.
Em 1947, estreou no All England
Club e levantou a taça do Grand
Slam inglês, fazendo dupla com
Jack Kramer, campeão de simples
no mesmo ano e bi do Aberto dos
EUA, em 1946 e 1947.
No ano seguinte, foi campeão
de simples, derrotando o australiano John Bromwich, que venceu
do Aberto da Austrália em 39 e 46.
Nascido em 29 de janeiro de
1926, criado em Los Angeles
(EUA), "Bob" emigrou para o
Brasil em 1950 para viver com sua
mulher, a brasileira Lourdes Mayrink Veiga Machado, com quem
se casara três anos antes.
No Rio, de acordo com a ITF
(Federação Internacional de Tênis), naturalizou-se e passou a defender o Brasil na Copa Davis, que
jogou em 1954 e 1955, obtendo
duas vitórias e quatro derrotas em
simples. Antes, em 1951, fundou
uma sorveteria que, mais tarde, se
transformaria na rede Bob's.
Sua carreira no tênis começou
aos 9 anos. Entre os 12 e 15 anos,
conquistou todos os títulos de juniores da região de Los Angeles e,
depois, jogou pela University of
Southern California, sendo campeão nacional de simples e duplas
em 1946 -ao lado do irmão Tom.
Em entrevista exclusiva à Folha
Online, Falkenburg disse que foi
melhor como júnior do que como
adulto, principalmente devido a
um problema respiratório que o
levaria à aposentadoria precoce
em 1949, aos 23 anos.
Aos 75, continua fã incondicional do tênis -pediu para ser entrevistado antes da final feminina
de Wimbledon, ontem.
"Gosto do tênis atual porque
tem as características que marcaram minha carreira: o saque forte
e a subida de rede para o voleio.
Mas hoje os jogadores são bem
mais preparados fisicamente, fazem muita musculação. O que, na
minha época, não existia", disse
ele, que gostava de Steffi Graf e
Boris Becker e hoje admira Pete
Sampras, Patrick Rafter, Andy
Roddick e Gustavo Kuerten, que,
para ele, tem um estilo romântico.
Falkenburg acha que o catarinense não deveria ter desistido de
Wimbledon-2001. "Acho que tinha uma boa chance neste ano. A
grama está mais seca e facilitaria
seu jogo, típico de saibro", disse.
LEIA MAIS sobre o ex-tenista Robert
Falkenburg na Folha Online:
www.uol.com.br/folha/esporte
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