São Paulo, domingo, 08 de julho de 2001

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TÊNIS

Robert Falkenburg, brasileiro naturalizado, foi campeão de simples em 48

'Brasileiro' já foi campeão ma grama de Wimbledon

FERNANDO CAMINATI
DA FOLHA ONLINE

Nova-iorquino do bairro de Brooklin, Robert Falkenburg é o único "brasileiro" campeão do Torneio de Wimbledon.
Em 1947, estreou no All England Club e levantou a taça do Grand Slam inglês, fazendo dupla com Jack Kramer, campeão de simples no mesmo ano e bi do Aberto dos EUA, em 1946 e 1947.
No ano seguinte, foi campeão de simples, derrotando o australiano John Bromwich, que venceu do Aberto da Austrália em 39 e 46.
Nascido em 29 de janeiro de 1926, criado em Los Angeles (EUA), "Bob" emigrou para o Brasil em 1950 para viver com sua mulher, a brasileira Lourdes Mayrink Veiga Machado, com quem se casara três anos antes.
No Rio, de acordo com a ITF (Federação Internacional de Tênis), naturalizou-se e passou a defender o Brasil na Copa Davis, que jogou em 1954 e 1955, obtendo duas vitórias e quatro derrotas em simples. Antes, em 1951, fundou uma sorveteria que, mais tarde, se transformaria na rede Bob's.
Sua carreira no tênis começou aos 9 anos. Entre os 12 e 15 anos, conquistou todos os títulos de juniores da região de Los Angeles e, depois, jogou pela University of Southern California, sendo campeão nacional de simples e duplas em 1946 -ao lado do irmão Tom.
Em entrevista exclusiva à Folha Online, Falkenburg disse que foi melhor como júnior do que como adulto, principalmente devido a um problema respiratório que o levaria à aposentadoria precoce em 1949, aos 23 anos.
Aos 75, continua fã incondicional do tênis -pediu para ser entrevistado antes da final feminina de Wimbledon, ontem.
"Gosto do tênis atual porque tem as características que marcaram minha carreira: o saque forte e a subida de rede para o voleio. Mas hoje os jogadores são bem mais preparados fisicamente, fazem muita musculação. O que, na minha época, não existia", disse ele, que gostava de Steffi Graf e Boris Becker e hoje admira Pete Sampras, Patrick Rafter, Andy Roddick e Gustavo Kuerten, que, para ele, tem um estilo romântico.
Falkenburg acha que o catarinense não deveria ter desistido de Wimbledon-2001. "Acho que tinha uma boa chance neste ano. A grama está mais seca e facilitaria seu jogo, típico de saibro", disse.


LEIA MAIS sobre o ex-tenista Robert Falkenburg na Folha Online: www.uol.com.br/folha/esporte




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