São Paulo, sábado, 08 de agosto de 2009

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Sem eventos esportivos, arenas dos Jogos agora priorizam o turismo

DA REPORTAGEM LOCAL

A China embasbacou o mundo com instalações suntuosas, como o Ninho de Pássaro e o Cubo d'Água. E, durante o último ano, foi principalmente a beleza dessas arenas que as manteve repleta de visitantes. Os eventos esportivos não foram prioridade em Pequim.
"Sim, o Ninho de Pássaro virou elefante branco e não se sabe como algumas instalações farão dinheiro. Mas Pequim não está preocupada com isso, já que lucrar não era prioridade. Agora, as empresas privadas talvez sejam a melhor alternativa para movimentar essas instalações", disse Guoqi Xu, da Universidade de Harvard.
O Ninho e o Cubo d'Água se tornaram atrações turísticas. Milhares de visitantes já pagaram para conhecer as instalações, e o palco das provas de natação pode se transformar em um parque aquático.
Ligar as instalações ao turismo tem se mostrado mais lucrativo. Uma "praia" montada ao lado da arena de vôlei de praia já rendeu cerca de US$ 1,08 milhão aos proprietários. Eventos culturais também têm atraído mais interesse do que os esportivos. Hoje, às 9h (de Brasília), o esporte voltará ao Ninho na celebração de um ano dos Jogos, com Inter x Lazio.
"Ficamos surpresos com a procura dos visitantes, então mudamos nosso foco para o turismo. O custo de manutenção do estádio é de US$ 10,25 milhões e ganhamos entre US$ 11 milhões e US$ 13 milhões no ano, o que cobre os custos", afirmou Zhang Hengli, um dos gerentes do Ninho de Pássaro.
O Cubo d'Água tem entradas a cerca de US$ 8. O aluguel das instalações para a gravação de comerciais também rende dinheiro aos administradores.
Neste ano, no entanto, o esporte deve aparecer mais nas arenas. Em novembro, pilotos como Michael Schumacher e Jenson Button devem estar no Ninho. Em outubro, o Aberto de tênis da China será em uma instalação olímpica. (MB E ML)


Com agências internacionais

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