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Atleta promete mais gols e quer alcançar Pelé
DO ENVIADO A TERESÓPOLIS
Considerado o salvador da seleção brasileira, o atacante Romário
não tem segredo para justificar a
boa fase. Ele diz que a sua excelente campanha nesta temporada é
um fato normal.
Responsável por quebrar o jejum de gols do ataque da seleção
brasileira nas eliminatórias após
sete partidas, no confronto contra
a Bolívia (5 a 0, três dele), o jogador promete mais gols hoje em
Maracaibo e já faz planos de disputar a Copa do Mundo de 2002,
no Japão e na Coréia do Sul.
Em alta na seleção, Romário diz
que ainda tem um objetivo: superar a marca estabelecida por Pelé
(95 gols), o maior artilheiro da
história da equipe nacional.
Para isso, terá que marcar mais
33 gols com a camisa da seleção.
Polêmico, o jogador passou a
semana como a principal atração
da seleção. Logo no primeiro dia
em Teresópolis, ele criticou o técnico Levir Culpi, favorito para suceder Wanderley Luxemburgo.
Na entrevista, Romário também
disse que não gostaria de dividir o
ataque com Edmundo, seu desafeto confesso.
(SÉRGIO RANGEL)
Pergunta - Neste ano, você já
marcou 56 gols. Como justificar a
excelente fase?
Romário - Isso é fruto de muitos
anos de futebol. Sei que, quando
visto a camisa da seleção ou a do
Vasco, estou preparado para tudo. Não sinto a pressão com cobrança da torcida, do treinador
ou de ninguém. Apenas faço o
meu trabalho.
Pergunta - Em Maracaibo, você é
a atração da seleção.
Romário - Sei que tenho uma
obrigação diferenciada. Estou
aqui para fazer o mais importante, que é o gol. Mesmo assim, não
me importo. Assumo a responsabilidade e faço.
Pergunta - Você já ganhou uma
Copa do Mundo (1994, nos EUA).
Você ainda tem algum objetivo especial na seleção?
Romário - Claro. Meu objetivo é
tentar fazer o maior número possível de gols para chegar perto do
Pelé na seleção. Mesmo assim, antes de entrar em campo, penso em
vencer os jogos. Isso é o mais importante. Se eu não marcar em
um jogo, mas o Brasil vencer, está
tudo bem para mim.
Pergunta - Você tem um companheiro de ataque preferido para jogar na seleção?
Romário - Não. Mesmo assim, já
falei que não gostaria de jogar ao
lado do Edmundo, mas eu não
sou o treinador. Para mim, seria
um prazer se ele não viesse.
Pergunta - Você acha que interferiu na convocação do Candinho, já
que o Edmundo não foi chamado?
Romário - Espero que não. Ou
espero que sim (risos).
Pergunta - O Candinho disse durante toda a semana que a Venezuela deverá ser respeitada. Você
concorda?
Romário - Não. A Venezuela não
está fazendo um grande papel nas
eliminatórias da Copa do Mundo.
A partir de agora, temos que jogar
como Brasil. Temos que atacar e
nos impor. Não podemos nos intimidar contra ninguém.
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