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Vila assiste a confronto de gestões
Milionário, time santista enfrenta equipe gaúcha formada com baixo custo na disputa pelo 2º lugar no Brasileiro
Santos enriqueceu com
venda de Robinho, em 2005,
e Grêmio recupera-se de
crise após Ronaldinho sair
do clube a preço "baixo"
MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA EM SANTOS
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Um jogador pode mudar a
história de um clube. A frase
traduz as histórias recentes de
Grêmio e Santos, cujos destinos foram marcados pelos craques Ronaldinho e Robinho,
respectivamente. Agora longe,
os dois são responsáveis diretos
pela situação atual dos times.
No jogo de hoje, na Vila Belmiro, o Santos terá um time recheado de contratações caras.
Já o Grêmio desfilará uma
equipe barata, formada por refugos e pela divisão de base.
Ambas as fórmulas deram
certo, já que os paulistas ocupam a terceira colocação no
Brasileiro e os gaúchos, a segunda, dois pontos à frente.
Mas atravessaram caminhos
opostos. Como soube segurar
Robinho, o Santos ganhou dois
Brasileiros em quatro anos. E,
ao vendê-lo ao Real Madrid, em
2005, lucrou R$ 72 milhões.
Com a maior renda do Brasil
em 2005, formou um time com
Zé Roberto, Tabata, Kléber e
Cléber Santana, sob o comando
do técnico Vanderlei Luxemburgo, todos com altos salários.
Em 2001, o Grêmio errou ao
não estender o contrato de Ronaldinho e só recebeu US$ 5,8
milhões (R$ 12,5 milhões). Sem
dinheiro, o clube entrou em crise e foi rebaixado em 2003.
No purgatório da Série B, recebeu em 2005 um terço do
Santos, cerca de R$ 40 milhões.
Assim, recorreu agora a refugos
antigos e recentes do Santos,
Tcheco e Léo Lima, além da revelação Lucas. "Tinha seis jogadores quando cheguei ao Grêmio", conta o presidente Paulo
Odone, sobre o início de 2004.
Em classes diferentes, santistas e gremistas sofrem juntos com os desfalques.
O Santos não tem Zé Roberto, Fábio Costa, Maldonado e
Manzur e Wellington Paulista
por conta de suspensões e convocações para seleções. Pode
ter o retorno de Reinaldo.
"Claro que o Zé Roberto faz a
diferença, e os atletas que vinham jogando também fazem,
mas você supera de alguma forma", afirma Luxemburgo.
Os gaúchos não têm os meias
Lucas, Léo Lima e Willian.
"O Grêmio tem sofrido desfalques, mas continua forte. Sinal de que tem trabalhado bem.
Por isso não ligo muito para ausências de titulares do adversário", analisa Mano Menezes.
Além dos desfalques, a Vila
Belmiro deve pesar, pois os dois
times são caseiros. O Grêmio
ganhou 11 no Olímpico, só três
fora. O Santos tem dez vitórias
em casa. "O Grêmio venceu no
Sul. O jogo de volta fará a diferença", destaca Luxemburgo.
NA TV - Santos x Grêmio
Sportv (menos interior de SP e RJ),
ao vivo, às 18h10
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