São Paulo, domingo, 08 de outubro de 2006

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Vila assiste a confronto de gestões

Milionário, time santista enfrenta equipe gaúcha formada com baixo custo na disputa pelo 2º lugar no Brasileiro

Santos enriqueceu com venda de Robinho, em 2005, e Grêmio recupera-se de crise após Ronaldinho sair do clube a preço "baixo"

MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA EM SANTOS
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Um jogador pode mudar a história de um clube. A frase traduz as histórias recentes de Grêmio e Santos, cujos destinos foram marcados pelos craques Ronaldinho e Robinho, respectivamente. Agora longe, os dois são responsáveis diretos pela situação atual dos times.
No jogo de hoje, na Vila Belmiro, o Santos terá um time recheado de contratações caras. Já o Grêmio desfilará uma equipe barata, formada por refugos e pela divisão de base.
Ambas as fórmulas deram certo, já que os paulistas ocupam a terceira colocação no Brasileiro e os gaúchos, a segunda, dois pontos à frente.
Mas atravessaram caminhos opostos. Como soube segurar Robinho, o Santos ganhou dois Brasileiros em quatro anos. E, ao vendê-lo ao Real Madrid, em 2005, lucrou R$ 72 milhões.
Com a maior renda do Brasil em 2005, formou um time com Zé Roberto, Tabata, Kléber e Cléber Santana, sob o comando do técnico Vanderlei Luxemburgo, todos com altos salários.
Em 2001, o Grêmio errou ao não estender o contrato de Ronaldinho e só recebeu US$ 5,8 milhões (R$ 12,5 milhões). Sem dinheiro, o clube entrou em crise e foi rebaixado em 2003.
No purgatório da Série B, recebeu em 2005 um terço do Santos, cerca de R$ 40 milhões. Assim, recorreu agora a refugos antigos e recentes do Santos, Tcheco e Léo Lima, além da revelação Lucas. "Tinha seis jogadores quando cheguei ao Grêmio", conta o presidente Paulo Odone, sobre o início de 2004.
Em classes diferentes, santistas e gremistas sofrem juntos com os desfalques.
O Santos não tem Zé Roberto, Fábio Costa, Maldonado e Manzur e Wellington Paulista por conta de suspensões e convocações para seleções. Pode ter o retorno de Reinaldo.
"Claro que o Zé Roberto faz a diferença, e os atletas que vinham jogando também fazem, mas você supera de alguma forma", afirma Luxemburgo.
Os gaúchos não têm os meias Lucas, Léo Lima e Willian.
"O Grêmio tem sofrido desfalques, mas continua forte. Sinal de que tem trabalhado bem. Por isso não ligo muito para ausências de titulares do adversário", analisa Mano Menezes.
Além dos desfalques, a Vila Belmiro deve pesar, pois os dois times são caseiros. O Grêmio ganhou 11 no Olímpico, só três fora. O Santos tem dez vitórias em casa. "O Grêmio venceu no Sul. O jogo de volta fará a diferença", destaca Luxemburgo.

NA TV - Santos x Grêmio
Sportv (menos interior de SP e RJ), ao vivo, às 18h10


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