São Paulo, domingo, 08 de outubro de 2006

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Corinthians "rebaixado" revê criador em forma

Equipe de Leão, já de volta à zona de rebaixamento, encara Goiás e Geninho

Time precisa ao menos de um empate hoje no Serra Dourada contra ex-técnico, invicto há sete jogos após o pesadelo vivido em SP

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico que levou o Corinthians para o buraco no Brasileiro-2006 pode deixá-lo lá hoje à tarde. Nas mãos de Geninho, o clube do Parque São Jorge penou, e muito, na vergonhosa zona de rebaixamento, para onde, aliás, voltou ontem à tarde -em Campinas, a Ponte Preta alcançou os 33 pontos, um a mais que o Corinthians, após fazer 3 a 1 no Juventude.
A equipe de Leão ficará por lá se não conseguir ao menos um empate no Serra Dourada contra o Goiás, agora comandado por seu ex-treinador. Pior, contra um Geninho que parece ter voltado à velha forma, a que conduziu os goianos ao terceiro posto no Brasileiro-2005.
Neste ano, após sofrer 11 rodadas com os corintianos e deixá-los na última colocação, Geninho está invicto há sete partidas. Sua última derrota foi para o Santos, em 26 de agosto.
Os 15 pontos que conquistou nesse período de invencibilidade já superam, de longe, os sete obtidos de forma suada no Parque São Jorge. Lá, Geninho assumiu na sexta rodada, com a equipe na nona posição. Após seis derrotas seguidas e um único empate na 13ª rodada, o time assumiu a lanterna.
Resistiu no cargo por mais três rodadas. "Claro que a minha segunda passagem por lá não correu da maneira que eu desejava, mas é vida que segue", diz o agora aliviado Geninho.
Segue mesmo, mas com mágoas. A pessoas próximas, o treinador revelou que se sentiu traído por alguns jogadores. Acha que a equipe o boicotou, principalmente por ter deixado de fora jogadores como Betão e Coelho, crucificados pela torcida no fiasco da Libertadores.
Geninho apontou também o mau relacionamento entre os atletas para a derrocada. Mas "não há nenhum sentimento de revanche". "O Corinthians é um adversário normal, como qualquer outro. O clube seguiu o caminho dele, e eu segui o meu", minimiza o treinador.
O discurso é parecido com o de seus ex-comandados. Os jogadores corintianos juram de pés juntos que não há nenhum ressentimento. "Cada treinador tem seu modo de analisar a situação. Não guardo mágoa dele, muito menos o Marinho", afirma Betão, falando também pelo companheiro de zaga preterido por Geninho, titular absoluto com Leão e novo ídolo da torcida. "Mas pode até ser que ele tenha saído chateado com algumas situações", diz.
Amigo de verdade mesmo, Geninho terá no banco rival. Emerson Leão foi quem levantou o Corinthians. Seus 19 pontos em 11 jogos no Brasileiro chegaram a tirar o time da zona da degola, mas não foram suficientes para eliminar de vez o risco de rebaixamento ou trazer paz ao clube, conturbado dentro e fora de campo.
"Vou ter prazer de reencontrar o Geninho. É meu amigo desde Ribeirão Preto. Estaremos de lados opostos, mas com a finalidade de melhorar a situação de nossos times. Que vença o melhor", diz Leão.

NA TV - Goiás x Corinthians
Globo (para Grande SP) e Record (para SP), ao vivo, às 16h


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