São Paulo, segunda-feira, 08 de novembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Rotina

São Paulo é punido por ousadia ofensiva e vê o Corinthians manter tabu e se credenciar ao título

São Paulo 0

Corinthians 2
Elias, aos 40min do primeiro tempo, e Dentinho, aos 38min do segundo tempo

MARTÍN FERNANDEZ
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO

O pragmatismo venceu a ousadia. O posicionamento venceu a velocidade. A experiência venceu a juventude. Com um esquema cauteloso, o Corinthians bateu o São Paulo, manteve o tabu de 11 jogos sem derrota e permaneceu na vice-liderança do Brasileiro.
Com sua estratégia bem ofensiva, o time são-paulino perdeu pela terceira vez neste ano para o rival e ficou distante de disputar a oitava Libertadores seguida.
Os anúncios das escalações mostraram que o corintiano Tite seguiria sua planilha de excel, e o tricolor Paulo César Carpegiani apostaria todas as fichas como em uma roleta de fim de noite.
O Corinthians só tinha como novidade Dentinho no lugar de Iarley. De resto, estava lá a formação tradicional com três volantes, desta vez posicionados bem atrás, com a função de fechar o meio e ajudar os laterais.
A escalação do São Paulo só foi comunicada aos jogadores 15min antes da preleção. Para substituir Carlinhos Paraíba e Richarlyson, a equipe tinha os garotos Casemiro e Diogo.
Repetia-se a linha de quatro jogadores ofensivos. Eram eles que pressionavam a saída de bola corintiana desde o início do jogo. Sufocada, a equipe do Parque São Jorge não tinha a posse de bola, e armava poucas situações de gol.
Se o domínio aparente era são-paulino, isso não se refletia nas redondezas das áreas. A defesa corintiana bloqueava espaços, e só sofria em algumas triangulações pelo seu lado esquerdo. "Deixa bater a muralha.
Não precisamos subir. Tem muito jogador que já chega na área", explicou o lateral Roberto Carlos.
E, quando a bola passava da linha de marcação sob pressão do São Paulo, sobrava espaço na sua defesa. Tanto que Ronaldo concluiu duas vezes livre na área.
"Estamos deixando o meio-campo do Corinthians chegar", lamentou o zagueiro são-paulino Alex Silva. Sua declaração era uma análise do que foi o gol corintiano. Aos 40min, Jucilei enfiou bola para Elias na corrida nas costas de Diogo. Com pouco ângulo, ele bateu cruzado para superar Rogério.
"Fechei o olho e chutei", definiu o meia corintiano.
Carpegiani trocou Diogo e Casemiro por Jorge Wagner e Ilsinho. A pressão ofensiva de seu time cresceu e a bola rondava a área corintiana, mas esbarra na segurança de Júlio César e da zaga.
De tanto esbarrar na "muralha", o time do São Paulo cansou. E, de novo, foi no espaço aberto na lateral-esquerda da equipe que Alessandro penetrou e cruzou para Dentinho, aos 38min, fazer o segundo gol.
Aí, enfim, o Corinthians passou a ter mais a bola. Para ensaiar um olé pragmático, pela retenção da bola.


Texto Anterior: Análise: Red Bull enfrenta o maior dilema da história da F-1
Próximo Texto: Após conquista de titularidade, Dentinho marca e provoca rival
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.