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Rotina
São Paulo é punido por ousadia ofensiva e vê o Corinthians manter tabu e se credenciar ao título
São Paulo 0
Corinthians 2
Elias, aos 40min do primeiro
tempo, e Dentinho, aos 38min do
segundo tempo
MARTÍN FERNANDEZ
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO
O pragmatismo venceu a
ousadia. O posicionamento
venceu a velocidade. A experiência venceu a juventude. Com um esquema cauteloso, o Corinthians bateu o
São Paulo, manteve o tabu
de 11 jogos sem derrota e
permaneceu na vice-liderança do Brasileiro.
Com sua estratégia bem
ofensiva, o time são-paulino
perdeu pela terceira vez neste ano para o rival e ficou
distante de disputar a oitava
Libertadores seguida.
Os anúncios das escalações mostraram que o corintiano Tite seguiria sua planilha de excel, e o tricolor Paulo César Carpegiani apostaria todas as fichas como em
uma roleta de fim de noite.
O Corinthians só tinha como novidade Dentinho no
lugar de Iarley. De resto, estava lá a formação tradicional com três volantes, desta
vez posicionados bem atrás,
com a função de fechar o
meio e ajudar os laterais.
A escalação do São Paulo
só foi comunicada aos jogadores 15min antes da preleção. Para substituir Carlinhos Paraíba e Richarlyson,
a equipe tinha os garotos
Casemiro e Diogo.
Repetia-se a linha de quatro jogadores ofensivos.
Eram eles que pressionavam a saída de bola corintiana desde o início do jogo.
Sufocada, a equipe do
Parque São Jorge não tinha
a posse de bola, e armava
poucas situações de gol.
Se o domínio aparente
era são-paulino, isso não se
refletia nas redondezas das
áreas. A defesa corintiana
bloqueava espaços, e só sofria em algumas triangulações pelo seu lado esquerdo.
"Deixa bater a muralha.
Não precisamos subir. Tem
muito jogador que já chega
na área", explicou o lateral
Roberto Carlos.
E, quando a bola passava
da linha de marcação sob
pressão do São Paulo, sobrava espaço na sua defesa. Tanto que Ronaldo concluiu
duas vezes livre na área.
"Estamos deixando o
meio-campo do Corinthians
chegar", lamentou o zagueiro são-paulino Alex Silva.
Sua declaração era uma
análise do que foi o gol corintiano. Aos 40min, Jucilei enfiou bola para Elias na corrida nas costas de Diogo. Com
pouco ângulo, ele bateu cruzado para superar Rogério.
"Fechei o olho e chutei", definiu o meia corintiano.
Carpegiani trocou Diogo e
Casemiro por Jorge Wagner e
Ilsinho. A pressão ofensiva
de seu time cresceu e a bola
rondava a área corintiana,
mas esbarra na segurança de
Júlio César e da zaga.
De tanto esbarrar na "muralha", o time do São Paulo
cansou. E, de novo, foi no espaço aberto na lateral-esquerda da equipe que Alessandro penetrou e cruzou para Dentinho, aos 38min, fazer
o segundo gol.
Aí, enfim, o Corinthians
passou a ter mais a bola. Para
ensaiar um olé pragmático,
pela retenção da bola.
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