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FUTEBOL
Equipe paulista não pode mais ser ultrapassada pelo Inter, que precisa de um ponto para ir à Libertadores-04
São Paulo empata no Sul e assegura 3º lugar do Brasileiro
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo empatou por 1 a 1
com o Inter, em Porto Alegre, e
assegurou o terceiro lugar no Brasileiro. Com 78 pontos, não pode
mais ser ultrapassado pela equipe
gaúcha, que foi a 72 e precisa de
um ponto na próxima rodada,
contra o São Caetano para assegurar uma vaga na Libertadores.
O time paulista entrou em campo sem Luís Fabiano, que já estava suspenso no Brasileiro, e Jean.
Eles foram suspensos preventivamente pela Confederação Sul-Americana no sábado, pelas expulsões contra o River Plate.
No início, o São Paulo aproveitou a lentidão da zaga rival para
criar as melhores oportunidades.
Perdeu duas chances antes de
Diego Tardelli, aos 16min, abrir a
contagem. Ele recebeu pela direita
do ataque e, às costas de Edu Silva,
entrou na área e bateu sem chances para Clemer, fazendo 1 a 0.
Em desvantagem, o Inter foi ao
ataque e só não empatou porque
Roger fez três boas defesas, uma
em lance de Flávio, outras duas
em jogada de Jeferson Feijão.
No segundo tempo, o jogo continuou equilibrado, com os gaúchos indo mais ao ataque, e o São
Paulo explorando os contragolpes. O gol de empate do Inter
aconteceu aos 40min, quando Rojas já havia sacado o atacante Rico
para colocar o lateral Tiago e tentar segurar o empate. Chiquinho
bateu falta para a área, Roger saiu
mal, atrapalhou-se, e a bola sobrou para Sidimar marcar.
""Está de bom tamanho", disse o
goleiro são-paulino. ""Ninguém
mais nos tira o terceiro lugar."
Mas nem com o terceiro lugar e
a vaga na Libertadores assegurados o clima político no São Paulo
melhorou. O grupo de Paulo
Amaral, que tentará voltar à presidência em abril, ampliou o tom
das críticas que faz à gestão de
Marcelo Portugal Gouvêa.
O ex-presidente, que esteve presente no fórum de futebol organizado pela Fundação Getúlio Vargas, reclamava que Gouvêa não
transmite a tranquilidade necessária para o time disputar e ganhar uma Libertadores.
Queixava-se da derrota nos pênaltis para o River, que o eliminou
da Copa Sul-Americana, e lembrava que, quando José Eduardo
Mesquita Pimenta presidiu o clube, no início dos anos 90 e o time
foi bi mundial, de nove decisões
nos pênaltis perdera apenas uma.
Roberto Rojas também é criticado por conselheiros da oposição. Eles dizem que o técnico errou ao colocar Souza para bater o
primeiro pênalti contra o River e
defendem um treinador mais experiente para 2004.
As críticas sobraram até para o
goleiro Rogério, considerado por
parte da oposição um elemento
desagregador no Morumbi.
No fórum da FGV, a oposição
queixava-se que, apesar de alegar
contusão, Rogério resolveu seguir
em campo para a cobrança de pênaltis, quando poderia ter dado
lugar a Roger. Acha que o goleiro
quis continuar com medo que o
reserva se consagrasse.
Portugal Gouvêa e seus aliados,
por sua vez, rebatem as críticas
lembrando que o presidente conseguiu levar o time, pela primeira
vez desde 1994, à disputa da Libertadores, além de ter obtido o terceiro lugar no Brasileiro.
Dentro da própria situação, no
entanto, não há consenso sobre a
melhor saída para o clube em
2004. O supervisor Marco Aurélio
Cunha, apoiado pelo diretor Juvenal Juvêncio, acha que Rojas deve
voltar à condição de treinador de
goleiros, mas Portugal Gouvêa,
que tenta contratar o lateral Arce
para a Libertadores, ainda não teria sido convencido.
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