UOL


São Paulo, segunda-feira, 08 de dezembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Equipe paulista não pode mais ser ultrapassada pelo Inter, que precisa de um ponto para ir à Libertadores-04

São Paulo empata no Sul e assegura 3º lugar do Brasileiro

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo empatou por 1 a 1 com o Inter, em Porto Alegre, e assegurou o terceiro lugar no Brasileiro. Com 78 pontos, não pode mais ser ultrapassado pela equipe gaúcha, que foi a 72 e precisa de um ponto na próxima rodada, contra o São Caetano para assegurar uma vaga na Libertadores.
O time paulista entrou em campo sem Luís Fabiano, que já estava suspenso no Brasileiro, e Jean. Eles foram suspensos preventivamente pela Confederação Sul-Americana no sábado, pelas expulsões contra o River Plate.
No início, o São Paulo aproveitou a lentidão da zaga rival para criar as melhores oportunidades.
Perdeu duas chances antes de Diego Tardelli, aos 16min, abrir a contagem. Ele recebeu pela direita do ataque e, às costas de Edu Silva, entrou na área e bateu sem chances para Clemer, fazendo 1 a 0.
Em desvantagem, o Inter foi ao ataque e só não empatou porque Roger fez três boas defesas, uma em lance de Flávio, outras duas em jogada de Jeferson Feijão.
No segundo tempo, o jogo continuou equilibrado, com os gaúchos indo mais ao ataque, e o São Paulo explorando os contragolpes. O gol de empate do Inter aconteceu aos 40min, quando Rojas já havia sacado o atacante Rico para colocar o lateral Tiago e tentar segurar o empate. Chiquinho bateu falta para a área, Roger saiu mal, atrapalhou-se, e a bola sobrou para Sidimar marcar.
""Está de bom tamanho", disse o goleiro são-paulino. ""Ninguém mais nos tira o terceiro lugar."
Mas nem com o terceiro lugar e a vaga na Libertadores assegurados o clima político no São Paulo melhorou. O grupo de Paulo Amaral, que tentará voltar à presidência em abril, ampliou o tom das críticas que faz à gestão de Marcelo Portugal Gouvêa.
O ex-presidente, que esteve presente no fórum de futebol organizado pela Fundação Getúlio Vargas, reclamava que Gouvêa não transmite a tranquilidade necessária para o time disputar e ganhar uma Libertadores.
Queixava-se da derrota nos pênaltis para o River, que o eliminou da Copa Sul-Americana, e lembrava que, quando José Eduardo Mesquita Pimenta presidiu o clube, no início dos anos 90 e o time foi bi mundial, de nove decisões nos pênaltis perdera apenas uma.
Roberto Rojas também é criticado por conselheiros da oposição. Eles dizem que o técnico errou ao colocar Souza para bater o primeiro pênalti contra o River e defendem um treinador mais experiente para 2004.
As críticas sobraram até para o goleiro Rogério, considerado por parte da oposição um elemento desagregador no Morumbi.
No fórum da FGV, a oposição queixava-se que, apesar de alegar contusão, Rogério resolveu seguir em campo para a cobrança de pênaltis, quando poderia ter dado lugar a Roger. Acha que o goleiro quis continuar com medo que o reserva se consagrasse.
Portugal Gouvêa e seus aliados, por sua vez, rebatem as críticas lembrando que o presidente conseguiu levar o time, pela primeira vez desde 1994, à disputa da Libertadores, além de ter obtido o terceiro lugar no Brasileiro.
Dentro da própria situação, no entanto, não há consenso sobre a melhor saída para o clube em 2004. O supervisor Marco Aurélio Cunha, apoiado pelo diretor Juvenal Juvêncio, acha que Rojas deve voltar à condição de treinador de goleiros, mas Portugal Gouvêa, que tenta contratar o lateral Arce para a Libertadores, ainda não teria sido convencido.


Texto Anterior: Leão admite ficar mesmo sem reajuste salarial
Próximo Texto: Alex comanda festa e goleada do Cruzeiro
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.