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balanço
Corinthians é ainda mais feio que o Brasileiro
Datafolha atesta queda de qualidade em 8 dos 10 principais fundamentos
Mesmo em torneio com técnica em baixa, time consegue ser pior do que
a média em praticamente todos os rankings
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um Brasileiro que ficou
longe de ser um primor técnico,
o rebaixado Corinthians tratou
a bola de forma tenebrosa.
Dos dez principais fundamentos tabulados pelo Datafolha, oito tiveram piora em relação à temporada do ano passado, quando o principal campeonato do país já não empolgou
por sua qualidade.
E, mesmo com essas médias
enfraquecidas, o clube paulista
conseguiu ser pior em oito dos
mesmos dez itens.
Os dois fundamentos em que
o Corinthians teve números
mais graúdos de que o torneio
como um todo também não representam necessariamente
esmero no trato da bola. O clube foi o quarto nos desarmes,
mas ainda assim teve apenas a
décima melhor defesa, e o quinto com mais lançamentos, mas
que, no caso da equipe, quase
sempre eram chutões ligando a
defesa ao ataque.
No resto, os corintianos apanharam da bola mais do que a
maiorias esmagadora dos outros atletas do torneio.
Mais uma vez o índice de
acerto nos passes ficou abaixo
dos 80%. A tendência de jogo
no estilo "pingue-pongue" segue em alta. Cada equipe no
Nacional trocou, em média,
269 passes por jogo (no caso corintiano foram só 255).
A competição já chegou a ter
em anos anteriores mais de 350
passes por equipe em cada jogo.
A fantasia também ficou em
baixa. A média de 12,5 dribles
por equipe a cada jogo é a menor desde que o Datafolha passou a tabular o fundamento, em
1995. E mais uma vez o Corinthians ficou longe da marca geral -fintou os rivais, em média,
só 11,1 vezes por partida.
Controlar a bola foi um tormento para a equipe que teve
três treinadores em 38 rodadas
-Paulo César Carpegiani, Zé
Augusto e Nelsinho Baptista. O
Corinthians teve média de 43
bolas perdidas por partida, ou
cinco a mais do que a média dos
outros 19 participantes da competição nacional.
Finalizar, tanto em termos
de qualidade como quantidade,
foi uma dureza. A pontaria geral de 35,6% foi a pior dos últimos dez anos, e o Corinthians
ainda ficou dois pontos percentuais longe dessa média. Cada
partida teve, novamente em
média, 27 finalizações, ou cinco
a menos, por exemplo, do que
aconteceu em 1998, quando o
Corinthians foi campeão.
A média de gols ficou em 2,76
por partida, uma leve melhora
em relação ao ano passado
(2,71), mas bem longe do recorde de 2005 (3,13), quando o
agora rebaixado Corinthians
ganhou o último de seus quatro
títulos do Brasileiro.
Nenhuma equipe conseguiu
superar a média de dois gols
marcados por jogo, fato antes
até corriqueiro. O Corinthians
teve o segundo pior ataque, só
superando o América-RN, que
foi rebaixado com várias rodadas de antecedência. Destaque
para a defesa são-paulina, a melhor dos pontos corridos.
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