São Paulo, sábado, 08 de dezembro de 2007

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balanço

Corinthians é ainda mais feio que o Brasileiro

Datafolha atesta queda de qualidade em 8 dos 10 principais fundamentos

Mesmo em torneio com técnica em baixa, time consegue ser pior do que a média em praticamente todos os rankings


PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Em um Brasileiro que ficou longe de ser um primor técnico, o rebaixado Corinthians tratou a bola de forma tenebrosa.
Dos dez principais fundamentos tabulados pelo Datafolha, oito tiveram piora em relação à temporada do ano passado, quando o principal campeonato do país já não empolgou por sua qualidade.
E, mesmo com essas médias enfraquecidas, o clube paulista conseguiu ser pior em oito dos mesmos dez itens.
Os dois fundamentos em que o Corinthians teve números mais graúdos de que o torneio como um todo também não representam necessariamente esmero no trato da bola. O clube foi o quarto nos desarmes, mas ainda assim teve apenas a décima melhor defesa, e o quinto com mais lançamentos, mas que, no caso da equipe, quase sempre eram chutões ligando a defesa ao ataque.
No resto, os corintianos apanharam da bola mais do que a maiorias esmagadora dos outros atletas do torneio.
Mais uma vez o índice de acerto nos passes ficou abaixo dos 80%. A tendência de jogo no estilo "pingue-pongue" segue em alta. Cada equipe no Nacional trocou, em média, 269 passes por jogo (no caso corintiano foram só 255).
A competição já chegou a ter em anos anteriores mais de 350 passes por equipe em cada jogo.
A fantasia também ficou em baixa. A média de 12,5 dribles por equipe a cada jogo é a menor desde que o Datafolha passou a tabular o fundamento, em 1995. E mais uma vez o Corinthians ficou longe da marca geral -fintou os rivais, em média, só 11,1 vezes por partida.
Controlar a bola foi um tormento para a equipe que teve três treinadores em 38 rodadas -Paulo César Carpegiani, Zé Augusto e Nelsinho Baptista. O Corinthians teve média de 43 bolas perdidas por partida, ou cinco a mais do que a média dos outros 19 participantes da competição nacional.
Finalizar, tanto em termos de qualidade como quantidade, foi uma dureza. A pontaria geral de 35,6% foi a pior dos últimos dez anos, e o Corinthians ainda ficou dois pontos percentuais longe dessa média. Cada partida teve, novamente em média, 27 finalizações, ou cinco a menos, por exemplo, do que aconteceu em 1998, quando o Corinthians foi campeão.
A média de gols ficou em 2,76 por partida, uma leve melhora em relação ao ano passado (2,71), mas bem longe do recorde de 2005 (3,13), quando o agora rebaixado Corinthians ganhou o último de seus quatro títulos do Brasileiro.
Nenhuma equipe conseguiu superar a média de dois gols marcados por jogo, fato antes até corriqueiro. O Corinthians teve o segundo pior ataque, só superando o América-RN, que foi rebaixado com várias rodadas de antecedência. Destaque para a defesa são-paulina, a melhor dos pontos corridos.


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