São Paulo, segunda-feira, 09 de abril de 2007

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Brasil vence e pode ver Federer

Equipe nacional faz 3 a 1 no Canadá e espera rival para definir duelo que pode levá-la de volta à elite

Sorteio pode pôr brasileiros no caminho da Suíça, país do nº 1 do mundo, na tentativa de voltar ao Grupo Mundial da Copa Davis, em setembro


FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS

O Brasil terminou o confronto com o Canadá pela Copa Davis na lama (literalmente) e agora enfrenta uma "pedreira".
A equipe do capitão estreante Francisco Costa confirmou o favoritismo e venceu o Canadá, em Florianópolis, por 3 a 1.
Agora para voltar ao Grupo Mundial (que reúne os 16 melhores países), o Brasil enfrenta, de 21 a 23 de setembro, um time muito mais qualificado.
O país pode ter que enfrentar até mesmo o astro Roger Federer, já que a Suíça (sem o líder do ranking em quadra) perdeu dos espanhóis, em fevereiro, na primeira rodada da elite.
Nos últimos anos, Federer priorizou a carreira individual em detrimento do torneio entre países, mas, quando a Suíça esteve em risco de desabar para a segunda divisão, ele foi convocado e entrou em ação.
Menos mal que, se o sorteio da quarta-feira colocá-lo no caminho do Brasil, a Suíça terá que atuar em local e condições escolhidos pelos brasileiros.
"É melhor jogar contra o Federer em casa. Escolher com quem jogar é complicado", afirmou Jorge Lacerda, presidente da confederação brasileira.
Mesmo que escape de Federer, uma situação complicada é inevitável. A Romênia, por exemplo, não conta atualmente com nenhum representante entre os cem melhores do ranking, mas em um eventual confronto serão eles os anfitriões.
Mas ontem a pedreira foi deixada de lado. A programação começou com a retomada da partida de duplas.
Gustavo Kuerten e André Sá não conseguiram quebrar a invencibilidade de Daniel Nestor, quinto do mundo nas duplas, e Frederic Niemeyer na Davis.
Eles fizeram 3 a 1 (4/6, 6/3, 6/4 e 7/6) e marcaram o único ponto canadense. "A experiência dele [Nestor] acabou fazendo a diferença", disse Guga.
Na seqüência, Flávio Saretta entrou em quadra para a disputa do quarto jogo do confronto.
Para sua surpresa, do outro lado da rede não estava o principal jogador canadense, Frank Dancevic, mas sim o adolescente Peter Polansky, 18, que pela primeira vez disputou partida com o confronto indefinido.
Após um jogo de quase cinco horas na sexta contra Ricardo Mello, Dancevic não estava recuperado e foi substituído.
Polansky, apenas o 435º do mundo, começou bem e venceu o primeiro set por 6/1.
Saretta se recuperou e fechou em 3 a 1 (1/6, 6/2, 7/5 e 6/ 1). "Sabia que ele não conseguiria manter o ritmo", analisou.
Com o triunfo garantido, o capitão Costa dava entrevista na quadra quando foi alvo do conteúdo do isopor das bebidas, cheio de água e gelo.
Misturados com a terra batida, formou-se uma poça e os brasileiros comemoraram na lama. Como o lamaçal na quadra, os capitães das equipes cancelaram o quinto duelo.


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