São Paulo, segunda-feira, 09 de maio de 2011

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Chance perdida

Mandante, Corinthians 0 desperdiça superioridade física e vai para a finalíssima na Vila sem vantagem

RAFAEL REIS
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO

O Corinthians tinha o estádio, a torcida, mais treino, mais descanso e não tinha nenhuma outra competição com que se preocupar. O Santos estava desgastado pela Libertadores, tinha mais desfalques e perdeu Paulo Henrique Ganso, contundido. Mas tinha Neymar.
Foi o suficiente para equilibrar o primeiro jogo da final do Paulista, o que resultou no empate sem gols. O vencedor domingo, na Vila, fica com o título. Novo empate leva a decisão para os pênaltis.
O cansaço santista abriu espaço para a blitz corintiana no início. O retrato dessa pressão foi um pique de Liedson para cima de Rafael, que foi obrigado a tocar de lado.
Cada bola disputada e cada pique corintiano eram festejados pela torcida. Mas faltava um toque ou uma conclusão precisa. Foram 15 minutos até que Ganso lançasse uma bola limpa para Neymar. Seu drible resultou em falta e cartão amarelo para Wallace, escalado na lateral direita para marcá-lo.
O craque santista achou seu espaço: chutou bola na trave e serviu outra para Ganso ameaçar de longe. As forças se igualaram, o jogo se tornou mais lento. E até ouviram-se os gritos da torcida santista antes do final do primeiro tempo. O desgaste ainda deixou o Santos sem Ganso. Sentiu lesão na coxa direita, pediu e saiu no intervalo.
O Corinthians tentou repetir a pressão inicial e encurralar o rival no segundo tempo. Mas, de novo, Neymar causou problemas. Seus passes, tabelas, lançamentos e chutes envolveram o rival.
Chicão teve que salvar o gol quando Danilo encobriu o goleiro Júlio César após uma assistência de Neymar. Foi ele também quem chutou sua segunda bola na trave após uma troca de passes.
Tanto correu que cansou o marcador Wallace, substituído. Mas o garoto santista também sentiu o desgaste e diminuiu o ritmo em campo.
Mais uma vez, o Corinthians se tornou dominante. Só que lhe faltavam armas, mesmo com as entradas de Luís Ramirez, Morais e Willian. Nenhum deles foi capaz de abrir a defesa santista.
Sobrou um espaço quando Liedson, aos 40min, recebeu dentro da área. O atacante chutou forte, na trave.
Restou aos corintianos lamentar, como já tinham feito os santistas anteriormente.
"No início a gente sofreu. No segundo tempo, a gente voltou melhor", resumiu o técnico santista Muricy Ramalho. "O jogo foi muito parecido. Pecamos nas finalizações", observou Liedson.


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