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Quatro atrás
28 das 32 seleções devem usar no Mundial sul-africano o 4-4-2 ou uma variação da estratégia com
uma quadra de defensores
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL À CIDADE DO CABO
Foi na Europa que nasceu
e se desenvolveu, nos anos
80, o sistema de jogo com
três defensores, estratégia
que ficou muito marcada na
seleção dinamarquesa na Copa de 1986, no México.
Mas, na Copa da África do
Sul, essa solução tática do
velho continente virou exceção, e coisa de não europeu.
Apenas 4 das 32 seleções
que estarão no Mundial que
começa na sexta devem
atuar com uma linha de três
atletas na defesa: Chile, Nova
Zelândia, Uruguai e Coreia
do Norte. Esta última pode
preferir cinco homens atrás.
São muitas as variações
que podem ser usadas pelos
times na Copa, mas, fora essas quatro exceções, somente o Paraguai cogita também,
em certos momentos, postar-
-se com três defensores.
O esquema da moda é
mesmo o 4-2-3-1, usado por
Alemanha e Austrália e, às
vezes, por Dinamarca, França, Holanda, Inglaterra, Japão, México, Portugal. E também pelo Brasil de Dunga.
O técnico Joachim Löw, da
Alemanha, é um dos maiores
entusiastas do 4-2-3-1. Utilizou o esquema na Eurocopa-
-2008, quando seu time foi à
final, e contra a Rússia.
Algumas seleções, como
Chile, Dinamarca, Grécia e
Portugal, acenam com três
atacantes, mas dessas só o
Chile tem um estilo de jogo
mais alternativo: o 3-3-1-3.
O treinador argentino Marcelo Bielsa, apelidado de El
Loco, é grande estudioso do
futebol e admirador de Louis
van Gaal, que já usou na Holanda o 3-3-1-3. Esse é um
exemplo claro de uma importação de esquema da Europa.
A Holanda, porém, não terá essa tática na Copa, embora deva mudar bastante.
"Pessoas dizem que é 4-2-
-4, 4-3-3 ou 4-1-2-3, mas,
quando você tem jogador como Robben e Elia abertos, você não pode fixar uma forma.
Essa é a chave do futebol moderno", disse o técnico da
Holanda, Bert van Marwijk.
Sua seleção está invicta há
19 partidas naquilo que se
parece com um 4-2-3-1 (dois
volantes mais combativos,
três jogadores mais adiantados no meio e um homem
apenas na frente).
Coreia do Norte, Nova Zelândia e Uruguai flutuam entre três e cinco homens na linha de defesa dependendo
da ocasião. Os alas voltam
para fechar como laterais fixos dentro das partidas.
A Itália, atual campeã
mundial, também é desenhada pelo técnico Marcello Lippi no 4-2-3-1, mas pode ficar
com três atacantes em uma
variação mais ofensiva.
Grosso modo, 19 seleções
poderão usar o famoso 4-4-2,
mas são poucas as equipes
que empregarão esse esquema em seu estilo mais conservador (Eslovênia, EUA,
Sérvia e Suíça, por exemplo).
O 4-4-2 de Dunga, com Kaká mais próximo dos atacantes e um outro homem aberto
pela direita, é mais flexível.
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