São Paulo, terça-feira, 09 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Real dá status a argentino de sete anos

ESPANHA
Leo Coira vira 'astro' ao ser vinculado ao gigante madrileno


RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

O Real Madrid, clube que tem como objetivo declarado atrair para o seu elenco as maiores estrelas do futebol mundial, voltou ontem aos holofotes graças a mais uma "contratação bombástica".
Não, Florentino Pérez, o presidente que criou o "projeto galáctico" e levou Cristiano Ronaldo, Beckham, Zidane, Ronaldo e Kaká à capital espanhola, não conseguiu a proeza histórica de tirar Lionel Messi do Barcelona.
O reforço argentino que ganhou espaço nos principais jornais e sites esportivos do mundo ainda está bem longe de ser o melhor jogador do mundo. Na hipótese mais otimista, a uns dez anos de alcançar um feito tão grande.
O fenômeno Leo Coira surgiu na última sexta-feira, quando jornais argentinos e espanhóis publicaram que o menino de sete anos havia acertado com o Real Madrid.
A história do garoto de 1,40 m e 32 kg se estendeu ontem pelo planeta. E fez mais barulho que o português Fábio Coentrão, maior reforço do time adulto para a temporada.
Segundo o jornal espanhol "Marca", Leo Coira foi descoberto em um clube espanhol onde seu pai, o ex-jogador Miguel Angel Coira, trabalha como técnico. E também interessava ao Atlético de Madri.
"Meu sonho é jogar a primeira divisão pelo Real Madrid", afirmou o jovem astro, em entrevista ao argentino "Olé" na qual revela que consegue "fazer oito ou nove embaixadinhas" e que adora "passar a bola por entre as pernas" dos marcadores.
A contratação do menino, que se apresentaria no dia 6 de setembro, atuaria na categoria Benjamines (a mais nova do clube) e não receberia nenhum salário, foi confirmada à agência de notícias Associated Press por Juan Tapiador, porta-voz do Real.
Porém, em contato com a Folha, o chefe de imprensa do clube afirmou que apenas os funcionários da "canteras" (base) podem saber do eventual negócio. "Sei o que li nos jornais", disse Oscar Ribot.
Nada mais natural. Afinal, o time branco é, provavelmente, o clube de futebol mais midiático do planeta.
Os dois principais jornais esportivos de Madri, por exemplo, têm quase que diariamente no Real seus principais assuntos do dia. E pouco espaço dão para o Atlético, o outro grande da cidade, e o Barcelona, hoje a equipe mais vitoriosa da Europa.
É justamente do seu arquirrival, o Barcelona, que vem a inspiração para garimpar crianças e jovens que possam virar craques no futuro.
Enquanto o Real gasta fortunas para contratar craques (o santista Neymar é o sonho do momento), os catalães têm um elenco que virou sinônimo de futebol bonito e vencedor com uma base formada em suas categorias inferiores.
Entre essas crias está um argentino de apelido Leo, que chegou a Barcelona no início da adolescência, aos 13 anos, fisicamente frágil. E que virou o melhor do mundo.


Texto Anterior: Foco: Caçadores profissionais de autógrafos pedem até R$ 4.000 por artigo da copa
Próximo Texto: Los gringos - John Carlin: A liga anunciada
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.