São Paulo, terça-feira, 09 de agosto de 2011

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Seleção se prepara sem 'espanhóis'

BASQUETE
Seguro de atletas que atuam na Espanha não foi pago


DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO

A seleção brasileira masculina de basquete está há mais de um mês reunida, mas o técnico argentino Rubén Magnano jamais pôde contar com todos os jogadores em treinamentos e amistosos.
O armador Rafael Luz, o ala Augusto Lima e o pivô Paulão Prestes não podem participar dos treinamentos com a mesma intensidade dos demais porque a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) não pagou o seguro a seus clubes. Os três atuam no Unicaja, da cidade de Málaga (Espanha).
Capitão da equipe, o armador Marcelinho Huertas, peça importante no grupo de Magnano, também tem estado ausente dos treinamentos e jogos porque está se transferindo do Caja Laboral, do País Basco, para o Barcelona.
O valor do seguro será cobrado em cima do contrato que assinará com o clube da Catalunha. O armador pediu para que a negociação, que ainda não foi finalizada, não fosse divulgada no Brasil.
Ele está na Espanha e espera-se que volte nesta semana. Paulão, Rafael e Augusto permanecem com o grupo e até viajaram para a Venezuela no último final de semana.
O time participou de um torneio contra Cuba, Venezuela e Panamá e conquistou o título com três vitórias. Os três atletas do Unicaja não puderam jogar.
O seguro deve ser feito pela confederação com o clube ou diretamente com uma seguradora. Ele só é acionado quando o atleta se contunde a serviço da seleção. Se isso ocorrer, a companhia paga seus salários até ele estar apto a voltar às quadras.
Há diferentes versões para o não pagamento do seguro dos jogadores brasileiros.
Segundo Vanderlei Mazzuchini, diretor de seleções, o Unicaja só cobrou pelos seguros depois do início dos treinamentos, em 4 de julho.
"Está tudo dentro do previsto, mas é complicado eles ficarem de fora dos jogos."
De acordo com Luís Martín, agente de dois dos atletas, o time demorou a receber o fax com a convocação.
Na versão de André Alves, diretor técnico da CBB, o processo corre normalmente desde o início da preparação, mas a demora se deu por problemas na seguradora.
O valor a ser pago não foi revelado. Entre os atletas da NBA, a CBB costuma pagar até R$ 48 mil por seguro.
No Pré-Olímpico, que começa no dia 30, Tiago Splitter é o único representante de um time da liga dos EUA. Segundo a confederação, seu seguro já está garantido.
Os demais jogadores da NBA pediram dispensa ou foram liberados da seleção.
A CBB afirma que o problema dos espanhóis será resolvido ainda hoje. O time disputará dois amistosos contra o México, em São Paulo: depois de amanhã, na Hebraica, e sábado, no Paulistano.


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