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Combalida, Varig vira nova parceira da seleção
DO ENVIADO A TERESÓPOLIS
Com sérias dificuldades financeiras, a Varig é a quarta patrocinadora oficial da seleção brasileira. O acordo foi fechado na semana passada e vai perdurar até a
Copa do Mundo do próximo ano.
Com os detalhes mantidos em
sigilo, a única cláusula divulgada é
que a empresa cederá um avião
em todas as viagens da delegação.
A Varig e a Confederação Brasileira de Futebol se recusam a informar valores da negociação.
A marca da companhia aérea já
estreou na seleção. Na sexta-feira,
uma placa de publicidade estática
da Varig foi colocada no campo
de treinamento da Granja Comary. Hoje, os jogadores e integrantes da comissão técnica concederão entrevista com a marca
da empresa estampada num
imenso painel que funcionários
da entidade montam após os jogos da equipe. A princípio, a Varig não terá o seu nome estampado no uniforme da seleção.
Além da Varig, a CBF tem três
milionários patrocinadores -a
Nike, a AmBev e a Vivo. A Nike
paga US$ 12 milhões por ano para
a entidade. A AmBev desembolsa
US$ 10 milhões, e a Vivo gasta cerca de US$ 5 milhões por ano.
Todas colocam as suas marcas
no uniforme da equipe, em placas
na Granja Comary, praça de treinos do time no Brasil, e no painel
montado durante as entrevistas.
A CBF negocia com três bancos
brasileiros a última cota no uniforme. O Bradesco é o favorito.
Além de dinheiro, a diretoria da
entidade quer que o quinto patrocinador gaste na construção de
uma sede e nas obras de um museu do futebol para a confederação. A sede seria erguida na Barra
da Tijuca, zona oeste do Rio.
A Varig atravessa a pior crise de
sua história. No último dia 4, admitiu que a falta de recursos pode
inviabilizar a operação de até 31
aeronaves até o fim do ano. O número representa 39,7% da frota
da companhia aérea.
A informação consta em um
documento assinado na semana
passada pelo vice-presidente do
departamento operacional e técnico da empresa, comandante
Miguel Dau.
A Varig também confirmou oficialmente a informação.
Nos últimos dias, o presidente
da Varig, Omar Carneiro da Cunha, e o membro do Conselho de
Administração Eleazar de Carvalho viajaram para Nova York.
Em seguida, os dois pretendem
seguir rumo à Europa, a fim de
realizar uma espécie de "road
show" com investidores interessados nos ativos da empresa.
Segundo estudo elaborado pela
Lufthansa, a Varig precisa reduzir
custos em US$ 168 milhões (cerca
de R$ 386 milhões). Algumas medidas já foram implementadas,
como o fim da classe executiva.
O presidente do Conselho de
Administração da Varig, David
Zylbersztajn, admitiu a hipótese
de a Nova Varig se tornar uma
empresa que siga o conceito "low
coast, low fare" (custo baixo, tarifa baixa). Para Zylbersztajn, a mudança na estratégia de negócios
ocorrerá de acordo com o novo
controlador.(SR)
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