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Pelo 2º ano, F-1 tenta desvendar pista de Fuji
Chuva intensa e forte neblina de 2007 exigiram uso do safety car e impediram categoria de conhecer segredos do circuito japonês
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A FUJI
Pelo segundo ano consecutivo, a F-1 desembarca em Fuji
para a realização da antepenúltima etapa do Mundial. Pelo segundo ano, cheia de dúvidas.
Como no ano passado a chuva e a neblina atrapalharam os
treinos e o GP que marcou a
volta do circuito à categoria depois de 30 anos, pilotos e equipes chegam a um território praticamente desconhecido, quase
na mesma situação de 2007.
E, assim como aconteceu na
estréia da pista de Cingapura,
há duas semanas, as primeiras
sessões de treinos livres acabaram ganhando importância para o acerto dos carros, já que,
segundo a meteorologia, o GP
do Japão ocorrerá sem chuva.
"Andamos muito pouco com
a pista seca no ano passado",
afirmou Rubens Barrichello, da
Honda. "E, como a corrida foi
disputada debaixo de muita
chuva, não temos como comparar os dados", completou.
Devido à visibilidade limitada, as primeiras 19 voltas da
prova de 2007 foram feitas em
comboio, atrás do safety car,
até que a chuva diminuísse.
A incógnita, porém, não fica
restrita às equipes menores.
"As informações que colhemos
no ano passado serão usadas de
uma maneira bem limitada por
causa do clima excepcional que
enfrentamos", fez coro ao piloto brasileiro Norbert Haug, vice-presidente da Mercedes-Benz, parceira da McLaren.
É justamente por essas incertezas que os carros devem
ficar mais tempo que o normal
na pista hoje, a partir das 22h
(de Brasília), quando começa a
primeira sessão de treinos da
16ª das 18 corridas deste Mundial de F-1. O GP é à 1h30 de domingo, na hora de Brasília.
Para piorar a situação, o circuito de Fuji, que foi remodelado pelo arquiteto alemão Hermann Tilke para voltar à categoria no ano passado, tem a
mais longa reta do calendário,
com quase 1,5 km, e depois entra na parte mais travada, com
várias curvas de baixa, o que dificulta o encontro do acerto.
Apesar de tantas dúvidas, há
ao menos uma certeza. Até os
que gostam de correr com chuva torcem para que a prova de
domingo aconteça no seco.
"Não me importo de guiar no
molhado ou no seco, mas é
sempre mais fácil para nós, pilotos, quando não chove", afirmou Lewis Hamilton, líder do
campeonato com sete pontos
de folga para o brasileiro Felipe
Massa, o segundo colocado.
O inglês foi o vencedor da
corrida do ano passado.
"Sempre prefiro uma corrida
sem chuva, mas neste final de
semana quero isso por outro
motivo. É para que os fãs possam aproveitar mais uma das
melhores corridas da temporada", completou ele, já fazendo
média com os milhares de torcedores que devem lotar as arquibancadas do Fuji Speedway.
Massa preferiu comentar sobre o que tem de fazer no Japão. "A primeira coisa que tenho que pensar é em diminuir
esses sete pontos para o Hamilton, que podem ser nada", disse
o ferrarista. "Espero que possamos voltar a vencer corridas",
completou ele, que ganhou pela
última vez no GP da Bélgica.
NA TV - Treinos do GP do Japão
Sportv 2, às 22h, e Sportv, às 2h
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