São Paulo, quinta-feira, 09 de outubro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pelo 2º ano, F-1 tenta desvendar pista de Fuji

Chuva intensa e forte neblina de 2007 exigiram uso do safety car e impediram categoria de conhecer segredos do circuito japonês

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A FUJI

Pelo segundo ano consecutivo, a F-1 desembarca em Fuji para a realização da antepenúltima etapa do Mundial. Pelo segundo ano, cheia de dúvidas.
Como no ano passado a chuva e a neblina atrapalharam os treinos e o GP que marcou a volta do circuito à categoria depois de 30 anos, pilotos e equipes chegam a um território praticamente desconhecido, quase na mesma situação de 2007.
E, assim como aconteceu na estréia da pista de Cingapura, há duas semanas, as primeiras sessões de treinos livres acabaram ganhando importância para o acerto dos carros, já que, segundo a meteorologia, o GP do Japão ocorrerá sem chuva.
"Andamos muito pouco com a pista seca no ano passado", afirmou Rubens Barrichello, da Honda. "E, como a corrida foi disputada debaixo de muita chuva, não temos como comparar os dados", completou.
Devido à visibilidade limitada, as primeiras 19 voltas da prova de 2007 foram feitas em comboio, atrás do safety car, até que a chuva diminuísse.
A incógnita, porém, não fica restrita às equipes menores. "As informações que colhemos no ano passado serão usadas de uma maneira bem limitada por causa do clima excepcional que enfrentamos", fez coro ao piloto brasileiro Norbert Haug, vice-presidente da Mercedes-Benz, parceira da McLaren.
É justamente por essas incertezas que os carros devem ficar mais tempo que o normal na pista hoje, a partir das 22h (de Brasília), quando começa a primeira sessão de treinos da 16ª das 18 corridas deste Mundial de F-1. O GP é à 1h30 de domingo, na hora de Brasília.
Para piorar a situação, o circuito de Fuji, que foi remodelado pelo arquiteto alemão Hermann Tilke para voltar à categoria no ano passado, tem a mais longa reta do calendário, com quase 1,5 km, e depois entra na parte mais travada, com várias curvas de baixa, o que dificulta o encontro do acerto.
Apesar de tantas dúvidas, há ao menos uma certeza. Até os que gostam de correr com chuva torcem para que a prova de domingo aconteça no seco.
"Não me importo de guiar no molhado ou no seco, mas é sempre mais fácil para nós, pilotos, quando não chove", afirmou Lewis Hamilton, líder do campeonato com sete pontos de folga para o brasileiro Felipe Massa, o segundo colocado.
O inglês foi o vencedor da corrida do ano passado.
"Sempre prefiro uma corrida sem chuva, mas neste final de semana quero isso por outro motivo. É para que os fãs possam aproveitar mais uma das melhores corridas da temporada", completou ele, já fazendo média com os milhares de torcedores que devem lotar as arquibancadas do Fuji Speedway.
Massa preferiu comentar sobre o que tem de fazer no Japão. "A primeira coisa que tenho que pensar é em diminuir esses sete pontos para o Hamilton, que podem ser nada", disse o ferrarista. "Espero que possamos voltar a vencer corridas", completou ele, que ganhou pela última vez no GP da Bélgica.


NA TV - Treinos do GP do Japão
Sportv 2, às 22h, e Sportv, às 2h



Texto Anterior: Gol em cima da hora não salva Portugal
Próximo Texto: Para Mosley, crise e custos tornam categoria inviável
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.