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São Paulo, domingo, 09 de novembro de 2003

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Pesquisa Datafolha mostra que 34% dos entrevistados prestigiam fórmula implantada pela primeira vez no Brasileiro, um empate técnico com os que defendem volta dos mata-matas

Figurante, paulistano aceita pontos corridos

DA REPORTAGEM LOCAL

O paulistano não deve ver nenhum time da capital como campeão do primeiro Brasileiro de pontos corridos -a chance de o São Paulo terminar em primeiro é remotíssima. Mesmo assim, o apoio na cidade ao atual sistema de disputa do principal campeonato do país continua igual.
Pesquisa Datafolha realizada na cidade de São Paulo no último dia 4, quando foram entrevistadas 638 pessoas com mais de 16 anos de idade, indica que 34% são favoráveis ao Nacional por pontos corridos, enquanto 37% defendem a volta do mata-mata -a margem de erro é de quatro pontos percentuais.
Antes do início do campeonato, 37% dos paulistanos eram favoráveis ao sistema de pontos corridos, enquanto 36% afirmavam preferir o mata-mata.
Apesar de ter sido adotado pela primeira vez em 2003 e de o mineiro Cruzeiro ter dominado quase de ponta a ponta o campeonato, a maior parte dos que pregam os pontos corridos acha que o sistema deveria ser mantido exatamente igual ao deste ano.
Setenta e quatro por cento dos defensores dos pontos corridos gostariam de ver os próximos Brasileiros com 24 times e duração de nove meses, o esquema adotado neste ano. Outros 26% pensam diferente: querem os pontos corridos, mas com menos participantes e um período mais curto de duração.
A parcela dos paulistanos que não têm opinião sobre o assunto continua alta: era de 25% em dezembro, antes do início do Brasileiro, e é de 26% agora.
No sistema de pontos corridos, os times jogam entre si em turno e returno. O campeão é o que soma mais pontos ao final.
No sistema mata-mata do ano passado, os oito mais bem colocados passaram para a segunda fase, quando se enfrentaram em jogos eliminatórios até sair o campeão.
Enquanto entre os que defendem a volta da disputa em duas fases estão os mais jovens (48% das pessoas de 16 a 25 anos) e os que dizem ter muito interesse por futebol (52%), entre os favoráveis aos pontos corridos encontram-se os mais escolarizados e os de maior poder aquisitivo.
Dos entrevistados com curso superior, 48% pregam que o Brasileiro deveria continuar sendo disputado por pontos corridos, e 30% defendem a volta do mata-mata. Já entre os que têm apenas o ensino fundamental existe um forte equilíbrio: 34% para o sistema antigo, 33% para o atual.
Em relação ao poder aquisitivo, 45% daqueles que têm renda familiar mensal superior a dez salários mínimos acreditam que o formato deste ano é o melhor. Deles, 33% se disseram favoráveis à fórmula com mata-matas.
Na divisão por faixa etária, também há diferenças: se entre os mais jovens a preferência é para o sistema do ano passado, a situação muda quando se trata dos mais velhos -pessoas com 41 anos ou mais. Nesse grupo, 35% disseram preferir os pontos corridos, e 29%, o mata-mata.


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